O efeito Rafinha no time do Grêmio e a possível volta da parceria com Douglas Costa

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A contratação de Rafinha dá ao Grêmio mais que um lateral-direito de altíssimo nível. Para início de conversa, o jogador de 35 anos, com passagem vitoriosa por Coritiba, Bayern de Munique e Flamengo, tem experiência em duelos contra o Independiente del Valle, próximo adversário tricolor na fase preliminar da Libertadores. Ele desembarca em Porto Alegre à espera de um velho parceiro. Rafinha tabelou muito com Douglas Costa em duas temporadas no Bayern de Munique. Lembro-me de pelo menos dois jogos em que Rafinha deu assistência para Douglas Costa: goleada por 5 x 0 sobre o Hamburgo, em 2015 (assista ao vídeo da parceria); e outra diante do Arsenal, em 2017, pela Champions League. O Grêmio tenta repatriar o jogador revelado pelo clube.

Renato Gaúcho dificilmente abrirá mão da experiência de Rafinha nas partidas de ida, em 7 de abril, no Equador, e na volta, uma semana depois, na Arena. Rafinha sofreu com o Flamengo na altitude na final da Recopa Sul-Americana de 2020. Sob o comando de Jorge Jesus, o time carioca arrancou empate por 2 x 2 nas alturas. No Maracanã, a equipe rubro-negra teve de se desdobrar com 10 desde os 23 minutos do primeiro tempo. Willian Arão havia sido expulso. Mesmo assim, o Flamengo conquistou o título ao derrotar o adversário por 3 x 0.

Rafinha é um baita reforço para o Grêmio. Jogador com o perfil que Renato Gaúcho gosta. Atrevido, abusado, bom de grupo e de bola. No papel, o Imortal terá uma das melhores defesas do país. Em forma, Rafinha, Geromel, Kannemann e Diogo Barbosa formam quarteto respeitável. Ainda sinto falta de um goleiro. Vanderlei e Paulo Victor estão em descrédito. Brenno é uma baita promessa, mas acho novo. Basta observar os altos e baixos do jovem Hugo Souza na temporada em que assumiu a meta do Flamengo na temporada passada.

Rafinha: melhor lateral-direito do Grêmio desde Arce? Imagem: gremio.net

Ouso dizer que o Grêmio não tinha um lateral-direito tão acima da média desde o paraguaio Arce na era dourada dos anos 1990, sob a batuta de Luiz Felipe Scolari. As negociações com Douglas Costa, cria do Grêmio, e com o atacante colombiano Borré (River Plate), que não é centroavante, como pensam alguns dirigentes tricolores, podem tornar a trupe de Renato Gaúcho próxima do patamar de Atlético-MG, Flamengo, Palmeiras e São Paulo na briga pelos principais títulos em 2021. Próxima, pois há carências em outros setores do time.

Negociações à parte, a torcida do Grêmio começa a sonhar com um timaço para a nova temporada. Em tese, seria este: Brenno; Rafinha, Geromel, Kannemann e Diogo Barbosa; Matheus Henrique, Maicon, Jean Pyerre e Pinares; Borré e Diego Souza. A diretoria trabalha pesado na negociação com Douglas Costa (Bayern de Munique) e ainda quer um volante.

Se fechar com Douglas Costa, o Grêmio pode remontar a parceria entre Rafinha e Douglas Costa. Ambos trabalharam juntos justamente no Bayern de Munique nas temporadas 2015/2016 e 2016/2017. Quando jogavam, formavam uma boa dupla pela direita. Os titulares do setor eram Lahm e Robben. Juntos, Rafinha e Douglas Costa ganharam tudo por lá. Espírito vencedor não falta aos dois.

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Marcos Paulo Lima

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