Kashima Antlers festeja gol em estádio vazio: 3.997 pagantes contra o Chivas. Foto: Giuseppe Cacace/AFP
Pela primeira vez em 15 edições sob a tutela da Fifa, o Mundial de Clubes amargou duas médias de público consecutivas inferiores a 20 mil pagantes por partida. Em 2017, o torneio havia registrado recorde negativo — 16.571. A versão deste ano terminou neste domingo com 19.084 pagantes por partida. Para se ter uma ideia, a média de público do Campeonato Brasileiro fechou com 18.821 em 2018. Os estádios Hazza bin Zayed e o Zayed Sports City têm capacidade para 43 mil e 22.717 espectadores, respectivamente, mas não lotaram. Detalhe: o sucesso do Al Ain, convidado como campeão nacional dos Emirados Árabes Unidos, ajudou a a girar um pouquinho mais as catracas. Poderia ter sido pior…
O público da goleada do Real Madrid sobre o Al Ain na final foi 40.696 pagantes. Portanto, sobrou lugar no palco da decisão. O Hazza bin Sayed Stadium só esteve próximo de vender a carga total de ingressos na semifinal entre River Plate e Al Ain: 21.383 pagantes. Vale lembrar que o Al Ain é o dono da casa. Portanto, os torcedores da cidade ajudaram a encher a arena embalados pela classificação heroica contra Team Wellington e Espérance, da Tunísia.
O Mundial de Clubes deste ano conseguiu a proeza de estabelecer o pior público da história da competição. O Kashima Antlers eliminou o Chivas Guadalajara, do México, diante de 3.997 pagantes. A marca negativa anterior era da derrota do Mazembe para o Auckland City, em 2009, na decisão do quinto lugar. A partida teve 4.200 torcedores.
Houve outros públicos dignos de Campeonato Estadual. Espérance e Guadalajara decidiram o quinto lugar com 5.883 torcedores no estádio. A decisão do terceiro lugar registrou 13.550 pagantes no duelo entre Kashima Antlers e o atual campeão da Libertadores River Plate.
Como se não bastasse o baixíssimo nível técnico do Mundial de Clubes e o desequilíbrio de forcas, o borderô deixa o recado claro para a Fifa de que algo precisa mudar para que o torneio cada vez mais alvo de chacotas não seja extinto. Gianni Infantino teve habilidade para ajudar a transformar a Uefa Champions League numa espécie de NBA do futebol. Agora, à frente da Fifa, precisa mostrar jogo cintura para salvar pelo menos duas competições sem interesse, deficitárias e que nada acrescentam ao esporte: o citado Mundial de Clubes e a cambaleante Copa das Confederações. Não se assuste se uma delas (ou as duas) forem merecidamente tiradas do cardápio de competições da entidade máxima do futebol.
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