Mo Salah é o segundo egípcio a jogar final europeia de clubes. Pioneiro também tem Salah no nome

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E quem diria que um egípcio (por que não?) pode quebrar 10 anos de dinastia de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi no prêmio de melhor do mundo. É cedo, temos uma Copa do Mundo pela frente na Rússia, mas a consagração de Mohamed Salah pode acontecer neste sábado, às 15h45, no Estádio Olímpico de Kiev, na Ucrânia.

Um detalhe joga a favor de Salah. A hegemonia de Messi e Cristiano Ronaldo começou em 2008, quando o português conquistou o prêmio de melhor do mundo pela primeira vez. De lá para cá, a Copa do Mundo foi disputada duas vezes, em 2010 e em 2014. O argentino e o português jamais foram campeões do torneio, mas foram proclamados número 1 do planeta graças ao desempenho na Liga dos Campeões da Europa.

Motivos não faltam para Mohamed Salah figurar ao menos entre os finalistas em 2018. Acaba de ser eleito o melhor jogador do Campeonato Inglês. Foi o artilheiro isolado da Premier League com 32 gols. É vice-artilheiro da Champions League com 10 gols, ao lado do brasileiro Roberto Firmino. Ambos estão cinco atrás de Cristiano Ronaldo. Perdeu a Chuteira de Ouro para Lionel Messi por quatro pontos (64 x 68). O prêmio é entregue ao maior artilheiro da temporada em ligas nacionais.

O Stuttgart campeão da Copa Intertoto em 2000 era comando pelo técnico alemão Rainer Rangnick. Ahmed Salah Hosny foi titular no jogo de ida e entrou durante a partida de volta. O time alemão jogou assim (4-4-2): Hildebrand; Schneider, Soldo, Bordon e Carnell; Seitz (Pinto), Lisztes, Thiam e Balakov; Dundee e Hosny (Kuka).

Aos 25 anos, Mohamed Salah é o segundo jogador egípcio a disputar uma final de competição europeia. Curiosamente, o pioneiro também tem Salah no nome.

Na história dos torneios de clubes organizados pela Uefa, apenas um jogador nascido no Egito entrou em campo numa decisão continental de clubes: o centroavante Ahmed Salah Hosny faturou a extinta Copa Intertoto em 2000. Ele vestia a camisa do Stuttgart, da Alemanha. Entrou em campo na vitória por 2 x 0 no duelo de ida na França e no empate por 1 x 1, na Alemanha. Um dos companheiros de Hosny na conquista era o zagueiro Bordon, revelado pelo São Paulo e com passagem pela Seleção Brasileira.

Boa sorte, Salah!

Marcos Paulo Lima

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