Maré de bons resultados da Colômbia ameaça impedir a Seleção de chegar ao Rio

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O duelo do Brasil com a Colômbia neste sábado, às 22h, na Arena Corinthians, em São Paulo, vai muito além das quartas de final do torneio masculino dos Jogos Olímpicos do Rio-2016. A Seleção de Rogério Micale terá de remar contra uma maré colombiana de bons resultados que não tem acontecido por acaso.

Em 2013, sob o comando de Carlos Restrepo, técnico da Colômbia na Rio-2016, o país conquistou o Sul-Americano Sub-20. O segundo neste século. O outro havia sido em 2005, dentro de casa.

Na Copa de 2014, a Colômbia chegou pela primeira vez às quartas de final. Vendeu caro a eliminação diante do Brasil por 2 x 1, em Fortaleza, naquele jogo em que Zúñiga tirou Neymar do Mundial. Dentro da nossa casa, o meia James Rodriguez ganhou a Chuteira de Ouro do torneio como um dos artilheiros.

No ano seguinte, a Colômbia faturou o título da Copa Sul-Americana graças ao Independiente Santa Fé. E foi vice no Sul-Americano Sub-20, atrás apenas da Argentina.

Também em 2015, a Colômbia venceu o Brasil por 1 x 0 na segunda rodada da fase de grupos da Copa América de 2015, no Chile, na partida em que Neymar perdeu a cabeça, foi expulso após o fim da partida e banido da competição.

Neste ano, o Atlético Nacional fez a melhor campanha, apresentou o futebol mais atraente da Copa Libertadores da América e a Colômbia voltou a ganhar o título de clubes mais importante do continente depois de 14 anos de jejum — o último havia sido com o surpreendente Once Caldas, em 2002.

A Colômbia não disputava os Jogos Olímpicos desde Barcelona-1992. Não só voltou, como conseguiu uma proeza: a campanha na Rio-2016 já é a melhor da história. Eles jamais haviam ido além da fase de grupos.

Artilheiro da Colômbia nos Jogos Olímpicos com três gols, Teófilo Gutiérrez foi eleito Rei da América em 2014, na tradicional eleição feita pelo jornal uruguaio El Pais. Ele era um dos atacantes do River Plate na conquista da Copa Sul-Americana de 2014. Chegou a ser pretendido pelo Corinthians quando Paolo Guerrero foi para o Flamengo.

A escola colombiana de técnicos também vive uma maré de reconhecimento internacional sem precedentes. Carlos Restrepo classificou o país para as quartas da Rio-2016. O compatriota dele, Jorge Luis Pinto — que levou a Costa Rica às quartas na Copa de 2014 —, agora usa sua vara de condão a serviço de Honduras.  Está nas quartas das Olimpíadas com status de quem mandou a Argentina para casa. Juan Carlos Osorio, ex-São Paulo, lidera a seleção principal do México. Hernán Darío Gómez guia o Panamá. Reinaldo Rueda brindou o Atlético Nacional com a conquista da Copa Libertadores.

Por essas e outras, é bom respeitar a Colômbia. A seleção deles pode até não ser boa como a nossa no papel, mas a onda está favorável a eles há um tempinho.

Marcos Paulo Lima

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