A Arena Juventus, em Turim, receberá neste sábado, às 14h (de Brasília) mais do que uma final da Liga dos Campeões Feminina. Candidatos ao título, Barcelona e Lyon serão protagonistas de um tributo ao futebol arte praticado pelos dois melhores time do mundo. A trupe catalã é atual campeã europeia. Do outro lado, a equipe francesa é recordista de glórias. Ostenta sete troféus em nove finais.
A decadência do Barcelona no futebol masculino demonstrada antes mesmo da transferência de Lionel Messi rumo ao Paris Saint-Germain contrasta com a imponência azul-grená no futebol feminino. O clube bateu o ponto em três das últimas quatro finais da Champions League. Perdeu a de 2019 para o próprio Lyon, por 4 x 1, ficou fora da decisão em 2020, conquistou o título na temporada passada diante do Chelsea e almeja o bicampeonato na revanche contra Lyon.
Assim como o Barcelona dos tempos de Pep Guardiola, a trupe feminina liderada por Jonathan Giráldez encanta por causa da qualidade do meio de campo. Se o meio de campo deles contava com o histórico trio formado por Busquets, Xavi e Iniesta, o setor criativo delas tem algo semelhante com a trinca composta por Patri, Aitana e a número 1 do mundo Alexia Putellas no sistema tático 4-3-3. À frente delas, Graham, Hermoso e Caldentey.
A revolução protagonizada pelo Barcelona no futebol feminina desde a temporada 2015 invadiu simplesmente a capa da revista estadunidense Sports Illustrated. A publicação manchetou com o título “La cosa más bela” referindo-se ao recorde de 91.468 pagantes no Estádio Camp Nou na partida contra o Wolfsburg. O impacto em campo e na sociedade ganhou reportagem.
Enquanto o Barcelona tenta se consolidar como potência na Champions League, o Lyon tem um projeto sustentável. Quando o Barcelona começava a dedicar-se com carinho ao futebol feminino, em 2015, o Lyon já ostentava três títulos continentais. Havia ficado com a taça nas versões de 2011, 2012 e 2016 na incrível série de sete conquistas em dez anos.
Isso explica o abismo monetário entre os dois clubes. A receita do Lyon chega a 10 milhões de euros, praticamente o dobro do Lyon, entre 4 e 5 milhões de euros. Em tese, isso aumenta a responsabilidade do time recordista de troféus na Arena Juventus.
Uma das lamentações da decisão de hoje é a ausência do Brasil em uma decisão de altíssimo nível. O país não tem representante no elenco do Barcelona nem do Lyon. Sem uma “Marta” “Christiane” infiltrada no show, a atração ficará por conta do duelo à parte entre a melhor do mundo, Alexia Putellas, e a melhor goleira do planeta, a chilena Christiane Endler.
Embora defenda o título e tenha um timaço, o Barcelona não assusta a treinadora do Lyon, Sonia Bompastor. “Como atual campeão, é o favorito, mas nós conhecemos esse status por experiência e isso nos permite saber como se comportar na final. O Barcelona é a equipe que mais rapidamente evoluiu e hoje é uma referência no futebol feminino”, avalia.
Do outro lado, Jonatan Giménez confia no que o Barcelona tem de melhor – o projeto. “Há algo mais em jogo do que uma Champions League. Estamos motivados porque fizemos um bom trabalho prévio. Quem estiver no estádio ou em casa verá um grande espetáculo”, promete.
Onde assistir a decisão: DAZN e DAZN Brasil (YouTube)
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