Lucas Ferreira entrou na etapa final: fez o primeiro gol e participou do segundo. Foto: Rubens Chiri/SPFC
Fico impressionado com quem tem a coragem de criticar o técnico Luis Zubeldia — e até pedir a demissão dele do São Paulo. Coloque-se na posição dele. Faça a simulação de uma escalação sem Luiz Gustavo, Lucas Moura, Jonathan Calleri, Oscar e Pablo Maia. Todos eles titulares em condições normais de temperatura, pressão e sem lesão.
Zubeldia tem sido criativo na reinvenção do São Paulo com um elenco limitadíssimo. Não descarto a discreta influência do experiente diretor técnico Muricy Ramalho no momento de dificuldade e a humildade do argentino para ouvir um dos treinadores mais vitoriosos na história do clube tricampeão da Libertadores. Faz parte da estabilidade do time tricolor.
Um dos caminhos escolhidos por Zubeldia tem dado muito certo e foi o atalho para vitória contra o Libertad: a escolha pelo jovem Lucas Ferreira. Não entendi a razão de ele ter iniciado a partida sem o atacante de 18 anos. Ele preferiu Cédric Soares na ala-direita. O Libertad pressionou a saída de bola do São Paulo justamente no setor protegido pelo português e pelo venezuelano Ferraresi e a defesa sofreu bastante no primeiro tempo.
A entrada de Lucas Ferreira reconfigurou o São Paulo. Tirou Ferraresi lá de trás e ele passou a tramar jogadas com a promessa tricolor pela direita. Enquanto isso, André Silva puxava o time ao ataque recuando para buscar a bola mais centralizado e acionar pontas e alas.
O primeiro gol do São Paulo nasce assim. Ferraresi inicia a ação ofensiva com Bobadilla, a bola passa pelos pés de Luciano, chega a André Silva e o atacante faz o link imediato com Lucas Ferreira. Ele invade a área pela direita e finaliza convicto para o fundo da rede.
Sim, a displicência do camisa 10 Melgarejo na cobrança ridícula de um pênalti em que acertou o travessão poderia ter complicado a vida de Zubeldia. Embora parte da torcida e da diretoria tricolor tenham abandonado o técnico, a sorte continua jogando ao lado dele. Melgarejo ainda viu o goleiro Rafael operar milagre em um chute na cara do gol.
Mas era noite de Lucas Ferreira. Em mais uma trama pela direita, ele tocou para Ferraresi e o venezuelano cruzou com uma impressionante rapidez circulando a bola para o lado esquerdo. O arco chegou na cabeça de quem merecia: André Silva iniciou o lance do primeiro gol e apareceu dentro da área para concluir a assistência de Ferraresi.
Uma virtude de Zubeldia é ter entendido o espírito de Libertadores do São Paulo. O tricolor venceu Talleres e Libertad, fora de casa, entendendo o que é a competição continental. Apesar do vacilo depois de abrir 2 x 0 no Morumbi e sofrer o empate contra o Alianza Lima, a atmosfera de Libertadores estava no estádio, apesar da frustração final.
Gostem ou não, Zubeldia ainda não perdeu na Libertadores como técnico do São Paulo. Dos 12 jogos de invencibilidade no torneio continental, 11 são sob o comando dele. São argumentos suficientes para no mínimo respeitar o trabalho do argentino campeão da Copa Sul-Americana pela LDU em 2023. Portanto, algo ele tem a oferecer ao tricolor.
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