Luan e Gabriel Jesus: os campeões do ano

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Luan, nome do pentacampeonato do Grêmio na Copa do Brasil. Gabriel Jesus, nome do Palmeiras no eneacampeonato alviverde no Campeonato Brasileiro. Em comum? Ambos foram formatos nas divisões de base dos respectivos clubes. Conquistaram juntos a inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016 como titulares na Seleção de Rogério.

Luan ajudou o Grêmio a sair da seca de 15 anos sem título nacional. Gabriel Jesus colaborou com o fim da abstinência de 22 anos do Palmeiras no Brasileirão. É uma pena que Luan não tenha sido o artilheiro da Copa do Brasil. Um desperdício que Gabriel Jesus tenha desistido de disputar a última rodada da Série A para brigar pela artilharia. Ele tem 12 gols, dois atrás do líder Fred. Poderia ter o Palmeiras jogando só para ele no domingo, contra o Vitória. Compreensível do ponto de vista do marketing. Como escrevi faz tempo em um post aqui, o Brasileirão pode ter o pior artilheiro da era dos pontos corridos com 20 clubes. Não pegaria bem para Gabriel Jesus. Foi bem assessorado.

Nos pés de Luan e de Gabriel Jesus está um pouquinho do futuro da Seleção. Gabriel Jesus já é titular no time de Tite. Veste a camisa 9. Luan ainda não foi chamado pelo técnico, mas é uma questão de tempo. Pep Guardiola tratou de levar Gabriel Jesus para o Manchester City. Viu potencial no moleque. Daqui a pouco, Luan vai para a Europa. Não sei como ainda não foi.

Fora das quatro linhas, a temporada do futebol brasileiro chega ao fim com dois treinadores quebrando paradigmas. Campeão da Copa do Brasil como jogador pelo Flamengo (1990), agora é bi como técnico por Fluminense (2007) e Grêmio (2016), clube pelo qual também ganhou a Libertadores e o Mundial nos tempos de atacante. Tem que respeitar! No Brasileirão, Cuca mais uma vez quebrou o estigma de montar times que jogam bonito, são competitivos, mas não ganham nada. Ganhou estadual no Flamengo. Libertadores no Atletico-MG. o primeiro Brasileirão da vida com o Palmeiras.

A noite se quarta-feira foi de final da Copa do Brasil, mas também de dor. Cortou o coração ver o Couto Pereira lotado para a homenagear as vítimas do acidente aéreo da Chapecoense. O jogo de volta da final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional seria lá em Curitiba porque a Arena Condá não atende a capacidade mínima exigida pela Conmebol. Foram lindas as homenagens na Arena do Grêmio e no Couto Pereira.

Mais lindo ainda seria a Confederação Brasileira de Futebol ter a grandeza criar um novo torneio, muito comum, por exemplo, na Europa, e batizá-la de “Supercopa Chapecoense do Brasil”. Jogo único entre o Grêmio, campeão da Copa do Brasil, e Palmeiras, vencedor do Brasileirão, em campo neutro, quem sabe em alguma das arenas da Copa do Mundo, abrindo a temporada de 2017. Uma partida beneficente com toda a renda seria revertida para as famílias das vítimas da tragédia de Medellín. Fica a dica para cartolas, dirigentes, políticos e patrocinadores. Seria um gol de placa.

Marcos Paulo Lima

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