Jürgen Klopp, Liga Europa e a reconquista de territórios dos técnicos alemães no mundo da bola

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Os técnicos espanhóis, argentinos, italianos e portugueses estão na moda, mas os alemães não ficam atrás. A escola germânica tem nesta quarta-feira a chance de voltar a fincar sua bandeira em mais uma competição internacional. A possível conquista de Jürgen Klopp à frente do inglês Liverpool na decisão da Liga Europa contra o Sevilla, em Basel, na Suíça, pode significar o fim de um jejum de 19 anos.

O último treinador alemão que ganhou a segunda competição continental mais importante do Velho Mundo foi Franz Beckenbauer na temporada de 1995/1996, à frente do Bayern de Munique, contra o Bordeaux, da França. Por um time estrangeiro, a última taça de um professor alemão saiu da prancheta de Jupp Heynckes, pelo Real Madrid, da Espanha, na decisão da Champions League de 1997/1998.

O sucesso de Klopp na Liga Europa é apenas mais uma prova da boa fase dos técnicos alemães. Basta olhar as variadas conquistas. Há três anos, por exemplo, Klopp, então comandante do Borussia Dortmund, decidiu a Liga dos Campeões da Europa contra o compatriota, Jupp Heynckes, do Bayern de Munique. Até então, Ottmar Hitzfeld havia sido o último alemão campeão da Champions League justamente pelo clube bávaro.

A Eurocopa de 2004 testemunhou um dos maiores milagres protagonizados por um treinador alemão. Otto Rehhagel levou a Grécia a um título incrível na casa de Portugal. Sob a batuta do treinador, os helenos derrotaram os lusitanos duas vezes na mesma competição e deram a volta olímpica. Até então, a última conquista de um técnico alemão na Euro havia sido com Berti Vogts, em 1996, à frente justamente da Alemanha.

Na Copa do Mundo, Joachim Löw devolveu o prestígio aos técnicos alemães. Rudi Völler levou o país à final da Copa de 2002, Jürgen Klinsmann deu ao país o terceiro lugar no Mundial de 2006, mas Löw ganhou o tetracampeonato no Brasil com direito a 7 x 1 em cima dos anfitriões.

A decisão da última Copa da Ásia também tinha um alemão. Em 2015, Uli Stielike levou a Coreia do Sul ao vice-campeonato diante da Austrália na terra dos cangurus. Em 2008, Otto Pfister quase brindou Camarões com o título da Copa Africana de Nações. Líder da seleção olímpica que virá aos Jogos do Rio-2016, Horst Hrubesch faturou pela Alemanha a Eurocopa Sub-19 de 2008 e a Sub-21 de 2009.

Na recém-encerrada Bundesliga, Julian Nagelsmann, de 28 anos, salvou o Hoffenheim do rebaixamento para a segunda divisão. Além de fazer milagre, entrou para a história como o técnico mais jovem a participar do Campeonato Alemão. Tem gente de olho no técnico precoce.

No feminino, o sucesso alemão se repete. Em 2014, Ralf Kellermann levou as meninas do Wolfsburg ao título da Women Champions League e foi eleito pela Fifa o melhor treinador do ano. Em segundo lugar ficou Maren Meinert, comandante da Alemanha Sub-20. Premiada em 2010, Silvia Neid é outra referência do país.

Para terminar, sabe onde o técnico colombiano Reinaldo Rueda, do Atlético Nacional — time de melhor campanha na Copa Libertadores da América —, se formou?

Na Escola Superior de Esportes da Alemanha, em Colônia!

Marcos Paulo Lima

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