Memphis: decisivo em mais um jogo contra time grande na temporada. Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians
Dorival Júnior ganhou dois títulos no Internacional: a Recopa Sul-Americana em 2011 e o Campeonato Gaúcho. Um organizado sistema tático 4-4-2 marcou aquelas duas conquistas. A defesa contava com Nei, Índio, Bolívar e Kléber à frente do goleiro Muriel. No meio de campo, Oscar, Guiñazu, Elton e D’Alessandro. No ataque, Leandro Damião e Dagoberto. Havia variáveis, claro, mas essa era a formação base do time colorado à época.
Guardadas as devidas proporções, tenho a impressão de que o comandante do Corinthians abriu o baú e recorreu ao repertório de 14 anos atrás para vencer o Cruzeiro com autoridade tática por 1 x 0 no primeiro jogo das semifinais da Copa do Brasil.
Qualquer semelhança é mera coincidência. Hugo Souza teve à frente uma linha de quatro formada por Matheuzinho, André Ramalho, Gustavo Henrique e Matheus Bidu. No meio de campo, André Carrillo aberto na direita, Breno Bidon na esquerda e José Martínez e trabalhando pelo meio ao lado de Maycon. Na frente, Yuri Alberto e Memphis Depay.
Leonardo Jardim provavelmente não conhecia essa faceta da biografia de Dorival Júnior. As últimas referências para linhas de três ou de quatro defensores, um meio de campo com quatro, um homem de ligação e dois atacantes, ou seja, 3-4-1-2 ou 4-3-1-2. A surpresa foi o Corinthians programado no 4-4-2 trabalhando duro para potencializar Depay e Yuri Alberto.
O gol da vitória tem o auxílio de Carrillo, um dos meias posicionados abertos. Ele fez o link com Yuri Alberto e Memphis surgiu na cara do goleiro Cássio para dar ao Corinthians a vantagem do empate na partida de domingo na Neo Química Arena, em Itaquera.
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Dorival Júnior é tricampeão da Copa do Brasil. Ganhou com Santos (2010), Flamengo (2022) e São Paulo (2023). Os três times eram ossos duros de roer. O Corinthians se comportou como aqueles times campeões do torneio nacional. Chatos de serem vencidos. O modelo de jogo aniquilou, por exemplo, as bolas longas na transição para Kaio Jorge. O Cruzeiro sentiu-se aniquilado no primeiro tempo. Leonardo Jardim tentava entender.
Tarde demais. Aplicado e obediente taticamente, o Corinthians fez o tempo passar depois do gol de Memphis Depay, enervou o Cruzeiro a ponto de Lucas Romero e Kaio Jorge receberem o terceiro cartão amarelo e ficarem fora do combate em São Paulo, e conseguiu um ótimo resultado 17 dias depois de perder do mesmo Cruzeiro por 3 x 0 no Brasileirão.
Costuma-se dizer que cada jogo é uma história. A desta quarta-feira tem raízes do trabalho de Dorival Júnior no Internacional em 2011 e 2012 aplicado no Corinthians de 2025. O trabalho minucioso funcionou muito bem no Mineirão do início assim. Vejamos em Itaquera.
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