As articulações para trazer do Rio para Brasília a final do Campeonato Carioca entre Flamengo e Fluminense, no sábado, estão encerradas. Motivo: o blog apurou que o gramado do Mané Garrincha não ficaria 100% para o confronto entre as duas equipes, mas, no fundo, pesou a questão política. De um lado, o Fluminense não queria. Do outro, Flamengo e a Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj) forçavam a barra. No fim, 1 x 0 para o Fluminense no placar dos bastidores.
Não é a primeira vez que problemas no campo viram argumento contra Brasília. No ano passado, a arena receberia o duelo da Seleção Brasileira contra a Venezuela pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Qatar-2022. No entanto, uma inspeção da CBF deu nota 6,1 para o piso. Aí, a entidade máxima do futebol brasileiro trocou o endereço do jogo para o Morumbi, em São Paulo. Desta vez, o campo de jogo não parece ser o maior dos problemas. Funciona, na verdade, como desculpa dos perdedores responsáveis pela ideia, no mínimo, bizarra, de realizar a decisão com público na fase mais aguda da pandemia. O gramado não está ruim. Um serviço em andamento teria de ser suspenso para abrigar o Fla-Flu e causaria prejuízo financeiro neste momento.
Consequentemente, a partida está mantida no Maracanã, como quer o Fluminense e não desejavam Flamengo e a Ferj. Como publicado na segunda-feira aqui no blog, o GDF e a Arena BSB deram sinal verde para a partida. Aparentemente, faltou combinar com os responsáveis pela manutenção do piso.
Explico com base na minha apuração: está prevista uma revitalização para transformar o campo em gramado de inverno. A movimentação começou ontem, com trabalhos de raspagem. Hoje, entraria semente e areia. Haveria, sim possibilidade de receber a partida desde que o cronograma dos serviços em andamento fossem abortados. O caminhão levou máquinas de semear, sementes e areia. Esse procedimento exige que ninguém pise no campo por seis dias até que haja germinação. Em tese, o aspecto do gramado ficaria ruim para o suposto Fla-Flu. Levantaria areia, por exemplo. O custo da paralisação da obra seria elevado. Isso tudo acontecendo e ninguém combinou com a firma responsável pelo gramado? Ninguém sabia?
Portanto, o argumento da condição do gramado soa como desculpa para que a Ferj, Flamengo e até o GDF não saiam envergonhados da tentativa frustrada. Motivo: há três dias, o campo recebeu a decisão do Candangão entre Brasiliense e Ceilândia. Abrigou, também, partidas do clube de Taguatinga no quadrangular semifinal do torneio, ou seja, vem sendo usado com regularidade.
Antes, o Mané Garrincha recebeu as decisões da Supercopa do Brasil, Recopa Sul-Americana e uma partida do Santos contra o San Lorenzo pelas quartas de final da fase preliminar da Libertadores. O Mané recebe bem menos jogos que o Maracanã, por exemplo. Consequentemente, o estado do campo não somente pode como deve ser superior ao do Maracanã.
No fim das contas, fontes ouvidas pelo blog indicam que o interesse de trazer a decisão para Brasília, na verdade, nada mais foi do que o um balão de ensaio para pressionar a prefeitura do Rio a liberar público no segundo jogo da final. Como Ibaneis Rocha topou receber o clássico com plateia e até baixaria novo decreto, Eduardo Paes ficariam em situação ruim.
A conferir…
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