Maraca Maracanã receberá o último jogo do Flamengo em casa nesta Libertadores. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo Maracanã receberá o último jogo do Flamengo em casa nesta edição da Libertadores. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

Gestores de arenas escolhidas para Copa América temem prejuízo em meio ao risco de boicote

Publicado em Esporte

Gestores de estádios escolhidos para receber a Copa América, de 13 de junho a 10 de julho, estão apreensivos. A maioria tem feito investimentos a toque de caixa para deixar as arenas no padrão Conmebol, mas algumas delas sequer tinham contrato com a entidade máximo do futebol sul-americano até este domingo. Em meio ao risco de boicote ao torneio, há receio de que tomem prejuízo caso o evento seja cancelado nesta semana.

Colômbia e Argentina abrigariam o evento. No entanto, os dois países foram vetados devido a problemas políticos e sanitários, respectivamente. Maracanã e Nilton Santos (Rio), Mané Garrincha (Brasília), Olímpico (Goiânia) e Arena Pantanal (Cuiabá) toparam dar asilo ao torneio. Consequentemente, os anfitriões estão tendo que dar aquela arrumada na casa para receber as visitas. Há custo envolvido. Exigências, principalmente, com a qualidade dos gramados.

Mas os gastos vão além. O blog apurou que a Arena BSB, concessionária responsável pela administração do Mané Garrincha, terá de colocar a mão no bolso para trocar lâmpadas dos refletores e de outros pontos da arena para deixá-lo impecável. Com a ausência de público e a transformação dos jogos em “lives”, a iluminação tem sido uma das maiores exigências.

 

Construído para a Copa América, o Estádio Único de Santiago del Estero, na Argentina, com capacidade para 30 mil pessoas, foi erguido para a Copa América, teria custado R$ 94 milhões, receberia a partida de abertura e ficou sem nada

 

A estimativa é de que o gasto com lâmpadas mais potentes, sem contar a mão de obra, seja de R$ 96 mil. Há necessidade também de manutenção na rede de gosto, um gasto extra de R$ 30 mil. Antes da oficialização do Mané Garrincha como palco de oito jogos, havia possibilidade de o estádio receber rodadas duplas, ou seja, dois jogos no mesmo dia. Houve revitalização dos outros dois vestiários para que a arena deixasse quatro a serviço das seleções.

Há temor de que o boicote à Copa América e, na pior das hipóteses, o cancelamento do evento, deixe as cinco arenas no prejuízo. O Mané Garrincha, por exemplo, deixou de receber taxas de pelo menos cinco jogos para atender à Conmebol. Na próxima semana, o estádio receberia o duelo de volta da Copa do Brasil entre Brasiliense e Grêmio. O jogo foi transferido para a Boca do Jacaré, em Taguatinga. O Flamengo havia alugado o estádio para duelos com o América-MG (Brasileirão) e Coritiba (Copa do Brasil). A CBF havia agendado duas partidas do Gama para o Mané Garrincha neste mês pela Série D do Campeonato Brasileiro.

Com o anúncio da transferência da Copa América da Argentina para o Brasil, um estádio erguido para a Copa América tomou prejuízo. O Estádio Único de Santiago del Estero, no norte do país vizinho, foi construído especificamente para abrigar a abertura do torneio continental. Com capacidade para 30 mil pessoas, estima-se que custou R$ 94 milhões. Na última quinta-feira, recebeu o empate por 1 x 1 entre Argentina e Chile, que seria orginalmente a partida de abertura da Copa América no próximo dia 13, no mesmo endereço.

 

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