Quer entender a relevância do clássico deste sábado entre Gama e Brasiliense, às 17h, no Bezerrão, pela segunda rodada do Grupo A-6 da Série D do Campeonato Brasileiro? Jamais dois times da mesma unidade da federação subiram na mesma temporada para a terceira divisão. Portanto, o duelo pode ser encarado, sim, como um mata-mata dentro da chave. Provavelmente, só um dos dois — ou nenhum — estará na Série C em 2021 (leia memória ano a ano de quem subiu).
Das 27 unidades da federação, 21 alçaram ao menos um time da Série D para a C nas 11 edições anteriores. O DF é um dos seis que ainda não conseguiu o feito. Os outros cinco são: Rondônia, Roraima, Amapá, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul. O Candangão mostrou que o Gama, atual bicampeão do DF, e o vice Brasiliense têm times para competir e sonhar com uma das quatro vagas para a fase de mata-mata e aí, sim, com uma das quatro para a terceira divisão do ano que vem.
O sucesso dos clubes do DF na estreia foi importante, principalmente, para o Gama. O time alviverde acumula 36 jogos sob o comando de Vilson Tadei. Perdeu apenas um na partida de ida da final do Candangão contra o arquirrival Brasiliense. Dos 36 jogos, apenas dois foram contra times de fora do DF — o empate por 3 x 3 com o Brasil-RS pela primeira fase da Copa do Brasil e a vitória de sábado passado sobre o Atlético de Alagoinhas na rodada de abertura.
A Série D é referência para a capacidade do Gama. Os adversários não são mais os times da capital. O sarrafo na Quarta divisão é mais alto. A vitória sobre o Atlético de Alagoinhas foi uma prova de força. O adversário e vice-campeão baiano em 2020. Perdeu o título estadual para o Bahia, de Roger Machado.
Memória: Quem subiu ano a ano da D para a C
Por sinal, a continuidade do trabalho é o maior triunfo do Gama no clássico e nesta Série D. Vilson Tadei comanda o time há quase dois anos. É um dos profissionais mais estáveis do país no cargo. Do outro lado, o Brasiliense tem o melhor e mais caro elenco entre os 64 times da quarta divisão, mas aposta no terceiro treinador diferente na temporada. Começou com Mauro Fernandes, contratou Márcio Fernandes e, agora, é escalado por Edson Souza, que comandará o time pela quarta vez. Ele perdeu na estreia para o Tocantinópolis, fora, e venceu o mesmo adversário e a Caldense, no Mané Garrincha.
Ao contrário do Gama, o Brasiliense tem memória recente na Série D. Conhece o nível dos adversários e os perrengues do torneio. Estreou bem contra a Caldense sob regência do veterano maestro Douglas, autor de dois gols. Romarinho havia aberto o placar.
O início de Gama e Brasiliense foi animador, mas não custa lembrar a sequência de fracassos do futebol do DF na quarta divisão. A capital está atolada na Série D desde 2014. Limitou-se a participar da competição em vez de usá-la como trampolim para a evolução. Que Gama e Brasiliense não percam o foco no clássico deste sábado — o primeiro em uma competição nacional desde a Série B 2008 — e que os dois quebrem o tabu e sejam os primeiros arquirrivais a subir juntos em 12 edições da Série D. Como disse no início, nunca aconteceu, mas milagres acontecem…
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