Mane Mané Garrincha também será chamado de Arena BRB por três anos. Foto: Ed Alves/CB.DA Press Mané Garrincha também será chamado de Arena BRB por três anos. Foto: Ed Alves/CB.DA Press

Gama aproveita “liquidação de inverno” e fecha cinco jogos da Série D no Mané Garrincha

Publicado em Esporte

O aluguel do Mané Garrincha para um pacote de cinco jogos do Gama na Série D do Brasileirão custaria cerca de R$ 60 mil, mas o blog apurou que a negociação teve uma liquidação de inverno. A Arena BSB estaria disposta a cobrar R$ 40 mil para fechar negócio pelas últimas cinco partidas do alviverde como mandante na quarta divisão, ou seja, um desconto de aproximadamente 33,3%. Houve acerto entre as partes para o duelo deste sábado com o Goianésia, pela sétima rodada, e os outros quatro contra Porto Velho, Brasiliense, União Rondonópolis e Jaraguá.

No Candangão, os usuários do Mané Garrincha atuaram no estádio gratuitamente, inclusive na final entre Brasiliense e Ceilândia. Pelo menos é o que informam os boletins financeiros dos seis duelos realizados lá no torneio. A cessão do estádio à Confederação Brasileira de Futebol (CBF) para a decisão da Supercopa do Brasil entre Flamengo e Palmeiras ficou por R$ 150 mil.

Em média, o aluguel do campo ao Gama sairá por R$ 8 mil, mas há outros encargos que devem deixar o investimento por partida entre R$ 18 mil e R$ 20 mil. Há despesas obrigatórias a serem pagas à Arena BSB e outras a fornecedores credenciados pela concessionária responsável pela administração do Mané Garrincha. A contratação de serviços operacionais do evento, como segurança e ambulância, são de responsabilidade do inquilino.

O aluguel do Mané Garrincha virou um “caro” necessário para o Gama. O time está sem teto desde a instalação totalmente necessária de um hospital de campanha no gramado do Bezerrão para atendimento aos pacientes da covid-19. Havia possibilidade de a unidade ser montada na área externa da arena, mas no fim das contas ela foi erguida no campo.

Desde então, o Gama perambulou por Rorizão (Samambaia) e Abadião (Ceilândia), cujos gramados não agradaram a comissão técnica e os jogadores, e pelo Defelê (Vila Planalto), o único aprovado pelo elenco alviverde. Consequentemente, a diretoria alviverde admitiu fazer o investimento no Mané Garrincha. O pagamento é feito com três dias de antecedência.

A ideia original era mandar todos os jogos da Série D no Mané Garrincha. No entanto, a Copa América mudou o planejamento. O Gama disputou duas partidas no Abadião contra Aparecidense e Nova Mutum, não venceu e ocupa o sexto lugar na classificação do Grupo 5, atrás do arquirrival Brasiliense, que também está fora da zona de classificação.

Se o Bezerrão estivesse disponível, cada jogo do Gama sairia por R$ 600. Esse é o valor cobrado pela Secretaria de Esporte pelo usou da arena. O investimento total apenas com aluguel ficaria por R$ 3 mil. Para amenizar o impacto do investimento de R$ 40 mil para mandar cinco jogos no Mané Garrincha, o clube procura patrocinadores para exposição de placar publicitárias. O valor do espaço nos jogos sem torcida custam R$ 1.500 e são sujeitas a mudança se houver liberação para a volta da torcida aos estádios. O tema está em discussão no Distrito Federal, como abordou o blog em post anterior.

 

Siga no Twitter: @mplimaDF

Siga no Instagram: @marcospaulolimadf