Fernando Diniz, Nenê e São Janúario: a combinação que pode, sim, levar o Vasco ao G-4

Compartilhe

Fernando Diniz tem experiências traumáticas na Série B. Foi demitido pelo Paraná em 2015 depois de acumular sete vitórias, três empates e sete derrotas. No ano seguinte, assumiu o Oeste, brigou contra o rebaixamento para a Série C, mas conseguiu manter o time paulista na segunda divisão. Escapou em 16º lugar — primeira posição fora da zona de rebaixamento.

De volta à Série B com a missão de devolver o Vasco à elite, Fernando Diniz tem capacidade para fazer o melhor trabalho dele na Série B. A vitória por 2 x 0 contra o Goiás nesta segunda-feira na abertura da 27ª rodada pode ser o início da consolidação da arrancada necessária para entrar no G-4. Diniz está invicto. Tem dois empates e duas vitórias consecutivas, a primeira delas na sexta-feira passada contra o Brusque, em Santa Catarina.

O aproveitamento pessoal de Fernando Diniz no Vasco é a mesma do líder isolado Coritiba: 66,7%. O treinador está encontrando o ponto de equilíbrio do time. São cinco gols marcados e dois contra. Mais do que isso: o desempenho do time está melhorando. Há pequenas, mas importantes evoluções em um trabalho que está apenas começando depois de três trocas de comando. O Vasco começou sob a batuta de Marcelo Cabo, terceiro colocado à frente do Goiás, passou pelas mãos de Lisca e agora tem Fernando Diniz como líder. São muitas trocas.

Apesar do pouco tempo de trabalho, o Vasco começa a ter a assinatura de Fernando Diniz. Basta observar com lupa o segundo gol. O time troca passes por 1 minuto e 41 segundos e envolve o Goiás até o cruzamento na medida para Gabriel Pec ampliar. Morato havia aberto o placar na etapa inicial. O tiki-taka do Diniz proporcionou noite dos sonhos a 3.178 pagantes.

Além de Diniz, dois pontos devem ser ressaltados. A contratação cirúrgica do maestro Nenê e a volta da torcida a São Januário. O time precisava de uma voz da experiência dentro do campo. Assumiu esse papel. São Januário ainda não está 100% liberado ao público, mas quem esteve no estádio começou a fazer do estádio o que ele sempre foi — um temido caldeirão.

A combinação Fernando Diniz, Nenê, torcida e São Januário pode fazer a diferença nas últimas 11 rodadas. Diniz e Nenê são muito acima da média dos técnicos e camisas 10 em atividade na segunda divisão. O time está a quatro pontos do G-4. Precisa torcer por vitória do Náutico contra o CRB para a distância continuar a mesma e secar, também, Avaí e Guarani.

O Vasco tem três jogos importantíssimos na sequência da Série B: Confiança e Sampaio Corrêa, ambos em Aracaju e em São Luis, respectivamente; e o Coritiba, no Rio de Janeiro. Anota aí, esse é o jogo: superar o líder isolado em casa pode ser a senha para o acesso à Série A.

Siga no Twitter: @mplimaDF

Siga no Instagram: @marcospaulolimadf

Marcos Paulo Lima

Posts recentes

  • Esporte

Pênaltis de Rayan e John Kennedy explicam Vasco na final da Copa do Brasil

Em 2023, Fernando Diniz fez do jovem John Kennedy, de 21 anos à época, um…

8 horas atrás
  • Esporte

Dorival leva Corinthians à final 261 dias depois da demissão na Seleção

Há 261 dias, Dorival Júnior era demitido da Seleção Brasileira. Se há volta por cima,…

11 horas atrás
  • Esporte

Flamengo 2 x 0 Pyramids: quando 1 centímetro a mais de altura faz diferença

A média de altura dos jogadores escalados pelo Flamengo no início da vitória por 2…

2 dias atrás
  • Esporte

Grêmio, Luís Castro e os métodos de contratação dos times brasileiros

  Na gestão do futebol brasileiro, pouco se cria, quase tudo se copia. Para mim,…

2 dias atrás
  • Esporte

Como Fernando Diniz criou atalho para a virada do Vasco contra o Fluminense

O Vasco perdeu o primeiro tempo do clássico desta quinta-feira para o Fluminense porque deixou…

3 dias atrás
  • Esporte

Ex-técnico do Egito: o que Rogério Micale tem a dizer sobre o Pyramids

Protagonista da primeira medalha de ouro do Brasil no torneio de futebol masculino na história…

4 dias atrás