Vasco Quase 4 mil torcedores empurraram o Vasco contra o Goiás em São Januário. Foto: Rafael Ribeiro/Vasco Quase 4 mil torcedores empurraram o Vasco contra o Goiás em São Januário. Foto: Rafael Ribeiro/Vasco

Fernando Diniz, Nenê e São Janúario: a combinação que pode, sim, levar o Vasco ao G-4

Publicado em Esporte

Fernando Diniz tem experiências traumáticas na Série B. Foi demitido pelo Paraná em 2015 depois de acumular sete vitórias, três empates e sete derrotas. No ano seguinte, assumiu o Oeste, brigou contra o rebaixamento para a Série C, mas conseguiu manter o time paulista na segunda divisão. Escapou em 16º lugar — primeira posição fora da zona de rebaixamento.

De volta à Série B com a missão de devolver o Vasco à elite, Fernando Diniz tem capacidade para fazer o melhor trabalho dele na Série B. A vitória por 2 x 0 contra o Goiás nesta segunda-feira na abertura da 27ª rodada pode ser o início da consolidação da arrancada necessária para entrar no G-4. Diniz está invicto. Tem dois empates e duas vitórias consecutivas, a primeira delas na sexta-feira passada contra o Brusque, em Santa Catarina.

O aproveitamento pessoal de Fernando Diniz no Vasco é a mesma do líder isolado Coritiba: 66,7%. O treinador está encontrando o ponto de equilíbrio do time. São cinco gols marcados e dois contra. Mais do que isso: o desempenho do time está melhorando. Há pequenas, mas importantes evoluções em um trabalho que está apenas começando depois de três trocas de comando. O Vasco começou sob a batuta de Marcelo Cabo, terceiro colocado à frente do Goiás, passou pelas mãos de Lisca e agora tem Fernando Diniz como líder. São muitas trocas.

Apesar do pouco tempo de trabalho, o Vasco começa a ter a assinatura de Fernando Diniz. Basta observar com lupa o segundo gol. O time troca passes por 1 minuto e 41 segundos e envolve o Goiás até o cruzamento na medida para Gabriel Pec ampliar. Morato havia aberto o placar na etapa inicial. O tiki-taka do Diniz proporcionou noite dos sonhos a 3.178 pagantes.

Além de Diniz, dois pontos devem ser ressaltados. A contratação cirúrgica do maestro Nenê e a volta da torcida a São Januário. O time precisava de uma voz da experiência dentro do campo. Assumiu esse papel. São Januário ainda não está 100% liberado ao público, mas quem esteve no estádio começou a fazer do estádio o que ele sempre foi — um temido caldeirão.

A combinação Fernando Diniz, Nenê, torcida e São Januário pode fazer a diferença nas últimas 11 rodadas. Diniz e Nenê são muito acima da média dos técnicos e camisas 10 em atividade na segunda divisão. O time está a quatro pontos do G-4. Precisa torcer por vitória do Náutico contra o CRB para a distância continuar a mesma e secar, também, Avaí e Guarani.

O Vasco tem três jogos importantíssimos na sequência da Série B: Confiança e Sampaio Corrêa, ambos em Aracaju e em São Luis, respectivamente; e o Coritiba, no Rio de Janeiro. Anota aí, esse é o jogo: superar o líder isolado em casa pode ser a senha para o acesso à Série A.

 

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