Mane garrincha gramado Gramado do Mané Garrincha não recebe jogo profissional desde setembro do ano passado. Gramado do Mané Garrincha não recebe jogo profissional desde setembro do ano passado.

Exigente com a qualidade dos gramados, Rogério Ceni pede treino leve no Mané Garrincha

Publicado em Esporte

Extremamente exigente com a qualidade do gramado, o técnico Rogério Ceni pediu para comandar treino leve no Mané Garrincha nesta quarta-feira, véspera do duelo de amanhã com o Palmeiras, às 19h, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Na passagem pelo Fortaleza, o ex-goleiro era rígido com os responsáveis pela manutenção do piso da Arena Castelão. Em 2018, ironizou a falta de zelo: “Eu pensei que aqui fosse para jogar futebol profissional, não amador, favores políticos, locação para empresas. Nunca imaginei que o gramado fosse estar nessa situação”, reclamou depois de derrotar o Coritiba.  Pelo Flamengo, reclamou do Castelão no empate por 0 x 0 entre o Flamengo e o tricolor, em dezembro, pela Série A.

Quanto era treinador do Fortaleza, detonou o piso do Maracanã na derrota por 2 x 1, em setembro do ano passado. “O gramado não está tão bom. Mais ou menos como está o Castelão, com bastantes buracos, a bola quicando bastante. Isso atrapalha o jogo”, reparou.

O gramado do Mané Garrincha foi preparado para o jogo de amanhã com altura padrão: 12 milímetros. Em dezembro do ano passado, houve trabalho de revitalização com 50 metros cúbicos de areia para regularizar pequenas imperfeições. Como o estádio recebeu apenas nove jogos em 2020, o mais ocioso do país entre os construídos para a Copa do Mundo 2014, não havia muito trabalho a fazer. O último jogo da arena rolou em 20 de setembro do ano passado na vitória do Brasiliense sobre a Caldense, por 3 x 1, pela Série D do Campeonato Brasileiro.

Maior inquilino do Mané Garrincha entre os clubes desde a inauguração da arena em 2013, o Flamengo é desconfiado com o gramado. Na campanha do título de 2019, o estado do campo dividiu opiniões entre jogadores e a comissão técnica.

“A gente foi jogar em Brasília agora (contra o Avaí) e o campo estava ruim. Há duas semanas, estava bom. Não sei quem, mas não dão valor suficiente ao gramado”, criticou à época o lateral-esquerdo Filipe Luís em entrevista ao SporTV.

Na contramão, o técnico português Jorge Jesus elogiou o piso da arena nas três vindas do time ao DF em 2019. “A grama do Mané Garrincha é muito melhor que a do Maracanã, é mais rápida e diferente. A forma como a grama nasce é diferente”, avaliou.

O Flamengo vem de um jogo em gramado pesado. Choveu muito, em Goiânia, no primeiro tempo da vitória rubro-negra por 3 x 0 sobre o Goiás. Mesmo assim, a drenagem do campo do Estádio da Serrinha funcionou e a bola deslizou sem a resistência de poças d’água.

Em outubro do ano passado, o Mané Garrincha perdeu o duelo entre Brasil e Venezuela pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Qatar 2022 devido ao gramado. A Comissão Nacional de Inspeção de Estádios (CNIE), vinculada à Diretoria de Competições da CBF, deu nota 6,1  para o gramado do estádio em uma vistoria realizada pela equipe técnica da entidade. O jogo foi transferido para o Morumbi, em São Paulo, que recebera nota 9,5.

 

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