Eurocopa: O futebol pobre de França e Portugal até as quartas de final

Compartilhe

A atual vice-campeã mundial França tem três gols na Eurocopa. Dois contra, marcados acidentalmente por Áustria e Bélgica, e um de pênalti contra a Polônia. Portugal foi às últimas consequências no duelo duríssimo com a Eslovênia para passar de fase e enfrentar justamente os franceses nas quartas de final do torneio continental.

Dorival Júnior disse na Copa América que não tem visto seleções jogarem tão melhor do que o Brasil na Euro ou na Copa América. Discordo em parte. Espanha e Uruguai são convincentes. Agradam. A Argentina é segura. A Alemanha concilia início de trabalho recente e empolgação por jogar em casa.

As demais seleções são confusas. A Inglaterra é um amontoado de talento sem pé nem cabeça sob o comando de Gareth Southgate. Portugal orbita em torno de Cristiano Ronaldo — e isso pode ser um erro. A Itália é oito ou oitenta. Foi oito nesta Euro e deu adeus precocemente. A Bélgica continua mais do mesmo. A Holanda não inspira confiança.

Ironicamente, o Brasil jogou fora um ano de trabalho ao esperar por Carlo Ancelotti e fazer um rodízio delegando a prancheta a Ramon Menezes, Fernando Diniz e Dorival Júnior. Em contrapartida, quem teve todo tempo do mundo não entregou o combinado.

Domenico Tedesco assumiu a Bélgica depois da Copa de 2022. Roberto Martinez fechou com Portugal no mesmo período. Luciano Spalletti tomou posse na Itália em setembro do ano passado. Julian Nagelsmann iniciou o trabalho na Alemanha no mesmo período e figura entre as oito melhores seleções da Eurocopa.

O tempo de trabalho não é certeza de sucesso ou fracasso no traiçoeiro futebol. Didier Deschamps comanda a França há 12 anos e a relação parece desgastada. Gareth Southgate é muito criticado no sétimo ano de mandato. Dorival Júnior tem seis jogos na Seleção e tenta levá-la ao décimo título na história da Copa América. Luis de la Fuente acumula 1 ano e 6 meses de relação com a Espanha.

A relação entre tempo de trabalho e sucesso é relativa. Luiz Felipe Scolari estreou na Seleção em 1º de julho de 2001 na derrota por 1 x 0 para o Uruguai. Trezentos e sessenta e quatro dias depois guiava o Brasil ao pentacampeonato na vitória por 2 x 0 contra a Alemanha. Walid Regragui guiou Marrocos ao quarto lugar na Copa de 2022 com quatro meses de trabalho. Assumiu em agosto de 2022 e decidiu o terceiro lugar em dezembro.

Twitter: @marcospaulolima

Instagram: @marcospaulolimadf

TikTok: @marcospaulolimadf

Marcos Paulo Lima

Posts recentes

  • Esporte

Nations League: Sorteio das quartas reedita três finais de Copa do Mundo

O sorteio das quartas de final da Nations League nessa sexta-feira, em Nyon, na Suíça,…

1 hora atrás
  • Esporte

Ronaldo Fenômeno articula candidatura à presidência da CBF em Brasília

Os movimentos de Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldo, são friamente calculados desde uma viagem…

14 horas atrás
  • Esporte

Técnica brasiliense Camilla Orlando ganha Candangão e Paulistão em 11 meses

Menos de um ano depois de levar o Real Brasília ao título do Campeonato Feminino…

2 dias atrás
  • Esporte

A fartura de talento da França e a precisão na “bola parada” contra a Itália

Atual vice-campeã mundial, a França é uma seleção sempre pronta para competir, mas não necessariamente…

5 dias atrás
  • Esporte

Santos volta com taça do purgatório pelo qual passaram potências europeias

O Santos não deve se ufanar de ter conquistado a Série B do Campeonato Brasileiro,…

6 dias atrás
  • Esporte

Candangão 2025 terá “boom” de sociedades anônimas do futebol na elite

O Candangão terá um boom de SAF’s em 2025. Dos 10 clubes candidatos ao título…

6 dias atrás