Pulgar falha três vezes no lance do gol de empate do Flamengo. Foto: Raul Arboleda/AFP
Um elenco com tantos jogadores de seleções sul-americanas no time titular não pode se dar ao luxo de cometer tantos erros individuais. O Flamengo pagou por eles no empate por 1 x 1 com o Millonarios na estreia rubro-negra na fase de grupos da Libertadores. Viña, Pulgar e Fabrício Bruno têm parcelas no resultado dessa terça, no Estádio El Campín, em Bogotá, na Colômbia.
O lateral-esquerdo Matías Viña não pode mandar nas alturas uma oportunidade claríssima de gol como aquela no início da partida. Sim, a bola quica na frente dele, porém faltou calibre, o mínimo de tranquilidade para estufar a rede. A bola caiu no pé errado. Pedro vinha logo atrás. Obviamente, um centroavante concluiria melhor a oportunidade. Talvez, o popular “deixa”, um grito de pelada, decretasse o primeiro gol naquele recorte do duelo.
Viña também falha no empate do Millonarios. O uruguaio se manda para a frente e desarticula a saída de bola. O goleiro Rossi sai jogando com Pulgar e o volante falha três vezes no mesmo lance: não domina a bola, toma um drible seco de Emerson Rivaldo na tentativa de recuperar a bola e se esquiva de cometer falta ao permitir ao atacante invadir a área com facilidade.
Daniel Ruiz aparece livre dentro da área porque outro selecionável, o zagueiro Fabrício Bruno, titular nos amistosos do Brasil contra Inglaterra e Espanha, se desloca para proteger a frente do goleiro Rossi em vez de reduzir a área de ação do atacante de Daniel Ruiz antes da finalização. Vale lembrar também que a posse de bola era rubro-negra quanto Fabrício Bruno escolhe recuar a bola para o goleiro em vez de tocá-la para o lateral-direito Varela. O beque errou o tempo de bola na cabeçada na trave do Millonarios no primeiro tempo.
A repetição da escalação de um time tem prós e contras. A ausência do uruguaio De la Cruz, que estava com febre e não foi relacionado, quebrou a articulação do meio de campo do Flamengo. Prova disso são os erros de passe, as tentativas de lançamentos longos. A ausência de Léo Pereira também mexe com a engrenagem defensiva. O posicionamento é um com ele e outro sem ele. Léo Pereira, Ayrton Lucas e Pulgar estão mais ajustados do que David Luiz, Viña e Pulgar. Havia um problema no setor — e Tite demorou a consertá-lo. Quando Ayrton Lucas estava pronto para entrar, o Millonarios empatou a partida.
Tite não esteve em uma noite de alto nível. A saída de Pedro fez com que Bruno Henrique assumisse a função de centroavante. No entanto, falta entrosamento entre ele, Everton Cebolinha e Luiz Araújo. Nâo havia conexão entre os três. O treinador também se equivocou ao colocar o jovem Evertton Araújo em campo. O jovem de 21 anos sentiu a pressão. Victor Hugo e Matheus Gonçalves são mais experientes. Talvez, um deles desse outra dinâmica ao time na tentativa de segurar o resultado.
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