Entrevista: Romerito | Em Brasília, ídolo do Flu fala sobre Olimpia, Paraguai e aposta em Fla-Flu na semi

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Aos 60 anos, Julio César Romero, o Romerito, está em Brasília nesta semana, mas pretende passar longe do Mané Garrincha na noite desta quarta-feira. “Não torço pelo Flamengo e muito menos pelo Olimpia”, diverte-se um dos maiores ídolos do Fluminense.

Herói do tricolor carioca nos títulos do Brasileirão de 1984 e no bi carioca em 1984 e 1985, o craque do Paraguai participou na capital do 1º Encontro Paulo Victor x Romerito, uma partida beneficente promovida pelo ex-goleiro no Lago Norte, bairro nobre da capital.

Romerito nasceu em Luque. Hoje, é diretor do Sportivo Luqueño e bateu um papo com o blog sobre a presença do Olimpia nas quartas de final da Libertadores, a fase momento do futebol paraguaio, que não disputa a Copa do Mundo desde 2010, critica o técnico da seleção guarani, Eduardo Berizzo, e profetiza a classificação do Fluminense para a semifinal no duelo de amanhã contra o Fluminense, no Estádio Monumental, em Guayaquil.

Vai ao Mané Garrincha ver Flamengo x Olimpia?

Não, não, não torço pelo Flamengo nem pelo Olimpia. Sou Fluminense e Sportivo Luqueño (risos).

Surpreende a presença do Olimpia nas quartas de final?

Surpreende porque não tinha time para se classificar. Aquele jogo contra o Internacional foi uma de 10 partidas. O Inter foi muito melhor. Acontece no futebol. O técnico Sergio Orteman pediu demissão pelos maus resultados (perdeu em sequência para o Flamengo por 4 x 1 no jogo de ida da Libertadores e para o Cerro Porteño por 3 x 0 no Campeonato Paraguaio).

A Libertadores terá um inédito Fla-Flu na semifinal?

O Fluminense vai passar pelo Barcelona, vai passar…

O Paraguai ficou fora da Copa em 2014 e em 2018. O que está acontecendo?

Está muito difícil. Estamos muito mal. O futebol paraguaio precisa de uma reestruturação. Tomara que classifique para a Copa de 2022, mas não tenho muita expectativa.

O Paraguai está em sexto nas Eliminatórias. Qual é a sua avaliação do trabalho?

Eduardo Berizzo é fraco. Temos que buscar no Brasil ou em outro lugar um técnico experiente, forte para comandar os jogadores.

Mas não há um problema de safra também? Em 2002, o Paraguai tinha Arce, Rivarola, Gamarra, Santa Cruz, Cabañas…

Estão nacionalizando jogadores argentinos. Havia uma geração sub-20 (vice-campeã do Sul-Americano Sub-20 de 2013) que deveria ter subido para a seleção principal (Junior Alonso, Gustavo Gómez, Ángel Cardoso, Cecilio Domínguez, Derliz González, Piris da Motta, Miguel Almirón, Miguel Rojas) e demoraram a levar para a seleção principal. Perdemos quatro anos. Arce tentou fazer essa renovação, mas está difícil. E os empresários estão matando o futebol.

O Paraguai continua revelando talentos na defesa.

Sim, temos Gustavo Gómez, Balbuena, Junior Alonso… São ótimos jogadores, mas o ponto fraco do Paraguai é o meio de campo e o ataque. Hoje, nós temos apenas os irmãos Romero.

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Marcos Paulo Lima

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