Precursor das mesas redondas e das transmissões esportivas na tevê brasileira, o jornalista gaúcho Luiz Mendes (1924-2011) estaria orgulhoso do neto se estive no Maracanã ou na poltrona de casa, hoje, às 21h, acompanhando in loco ou da poltrona de casa pela tevê ou no YouTube a final do Campeonato Carioca entre Flamengo e Fluminense. Aos 49 anos, o neto dele — Cau Mendes — é o craque (quase) invisível do clube da Gávea. Enquanto Diego Alves, Rafinha, Filipe Luís, Gerson, Arrascaeta, Everton Ribeiro, Gabibol, Bruno Henrique desfilam pelo gramado, ele joga de maneira (quase) invisível posicionado atrás das câmeras.
Sócio diretor da PlayRec Studios, no Rio de Janeiro, Cau Mendes é o responsável pelas transmissões do canal Fla TV. Nesta entrevista exclusiva ao blog, ele fala sobre a experiência inédita no país de um clube de futebol gerar sinal de um clássico do tamanho do Fla-Flu para uma tevê aberta. O SBT exibirá a partida em território nacional.
Cau Mendes conta como abraçou a transmissão de jogos como profissão, emociona-se ao falar sobre a influência do avô Luiz Mendes ma carreira, promete algumas surpresas na veiculação na Fla TV, orgulha-se de ter sido pé-quente em trabalhos realizados com Cruzeiro, Santos, Fluminense e o próprio Flamengo e chega a brincar. “Eu brinco com o pessoal do Flamengo que eu precisei vir pra cá para eles ganharem o bi da Libertadores”, ri.
Sem ficar no muro, opina sobre a polêmica MP 984/2020, analisa a revolução das transmissões em streaming e responde qual é o limite desse admirável mundo novo.
Qual é a origem do seu amor por transmitir jogos?
Eu sou neto do Luiz Mendes (o comentarista da palavra fácil). Cresci vendo esse lance de transmissão esportiva. Sou jornalista também, embora nunca tenha exercido de forma efetiva a profissão. Eu sempre fui muito voltado para a parte de tecnologia audiovisual. Tenho estúdio de gravação aqui no Rio (PlayRec) voltado para o mercado musical. A coisa de vídeo começou a acontecer muito ligada com a música e a gente passou a fazer esporte.
Uma história que começou no Botafogo…
Fiz muito tempo o Botafogo, desde a inauguração do Engenhão (em 2007, para o Pan do Rio). Sou cria lá do Botafogo. Eu era responsável pela parte audiovisual do estádio. Quando o Bebeto (de Freitas) chegou no Botafogo, entrei para fazer a parte audiovisual. Entre idas e vindas, fiquei no Botafogo até o ano passado (2019).
Como foi o processo de evolução?
Nesse meio tempo, o negócio cresceu lá no Botafogo. A gente foi o primeiro estádio a fazer a transmissão dos jogos no telão, nos moldes das arenas americanas. Com câmera do beijo, essas coisas… E aí, o trabalho chamou a atenção. Fui fazer Minas Arena e levei o sistema lá para o Mineirão. Mostramos que o telão faz parte do match day. Depois, fizemos no Santos. Fiquei mais dois anos no Santos. Fiz alguns jogos no Allianz Parque (Palmeiras), no Vasco, e alguns para o Fluminense, como a decisão da Primeira Liga (2016).
Flamengo foi atrás de você ou o inverso?
No ano passado, quando mudou o pessoal (diretoria) do Botafogo, eles decidiram mudar o esquema de sonorização, telão e dispensaram a gente. Procurei o Flamengo, levei um projeto e encaixou. Quando cheguei lá, estava na época em que eles precisavam de algo desse tipo, como transmissão esportiva. Houve um casamento legal.
O negócio cresceu lá no Botafogo. A gente foi o primeiro estádio a fazer a transmissão dos jogos no telão, nos moldes das arenas americanas. Com câmera do beijo, essas coisas… E aí, o trabalho chamou a atenção. Fui fazer Minas Arena e levei o sistema lá para o Mineirão. Mostramos que o telão faz parte do match day
Esse matrimônio de ideias foi rápido?
O Marcelo Groditt, da X-Tudo, é o gênio por trás do projeto de crescimento da Fla TV. Sou grato a ele por fazer parte dessa revolução. Ele é responsável pela Fla TV, uniu as ideias do clube com as que eu havia levado e começamos a desenvolver o projeto de desenvolvimento da Fla TV desde o ano passado. Agora, com a conquista da Libertadores, Brasileiro, é terceira tevê de clubes do mundo (em número de inscritos, atrás apenas de Real Madrid e Barcelona). A gente está com números muito legais e crescendo agora com transmissão broadcast.
A Fla TV transmitia o jogo sem imagens do campo. Era um laboratório?
Antes, era como se fosse rádio na internet. Botava uma câmera na cabine filmando o locutor e, no máximo, passava os gols e os melhores momentos conforme eles iam acontecendo. Isso podia de acordo com a legislação. Não tinha problema. Não havia quebra de exclusividade da Globo. Mas aí, com esse novo negócio (MP 984/20020), o Flamengo de um dia para o outro disse: ‘olha, temos que transmitir o jogo’.
A primeira transmissão pós-MP 984/2020 foi contra o Boavista. Houve muita correria?
Fiz união com alguns outros parceiros daqui (do Rio) para viabilizar tecnicamente o negócio. A gente tinha que fazer um negócio com padrão de televisão broadcast, que é um pouco diferente daquela coisa só de internet que a gente fazia antes. Montamos uma estrutura técnica que bate de frente com as das grandes emissoras.
A Fla TV transmitiu o jogo contra a Portuguesa antes da pandemia. A geração era do clube?
A transmissão do jogo contra a Portuguesa, como era um acordo com a Globo, teve geração da Globo. O sinal que estava indo ao ar no globoesporte.com era o mesmo que vinha para a gente. Recebíamos o sinal da Globo limpo e só colocávamos o nosso placar, as nossas artes, gerador de caracteres, e juntávamos o sinal da Globo às nossas câmeras exclusivas do repórter, da cabine.
Então o jogo contra o Boavista foi o primeiro carreira solo…
Foi. O que eu fiz? Muitas vezes, a Globo não faz com a unidade móvel dela. A Globo terceiriza. Eu peguei no mercado unidades móveis que estão acostumadas a fazer para a própria Globo. Peguei parceiros, uni a isso os nossos profissionais, montei equipe com parceiros e aí recebemos o sinal da mesma forma que nós fizemos o ano passado inteiro ao lado da Globo. No ano passado, nós transmitimos jogos para Portugal. Então, a gente fazia da mesma maneira. Mandava para eles via satélite. Mandávamos tanto para Portugal quanto para as redes sociais do Flamengo fora do Brasil. Quem estava no exterior assistia a imagem do jogo, igual a gente fez contra o Boavista.
O contrato de acordo com a Globo não previa o streaming internacional. O Flamengo viu essa brecha no contrato e passou a transmitir para fora do Brasil com imagem. O que estamos fazendo é o que fizemos o ano passado inteiro, só que o Brasil não assistia. A única diferença é que, agora, estamos fazendo com equipamentos 100% nossos, sem usar a estrutura da Globo para nada. Nas outras, havia parceria. A gente recebia o sinal, empacotava e botava adiante
O acordo permitia?
O contrato de acordo com a Globo não previa o streaming internacional. O Flamengo viu essa brecha no contrato e passou a transmitir para fora do Brasil com imagem. O que estamos fazendo é o que fizemos o ano passado inteiro, só que o Brasil não assistia. A única diferença é que, agora, estamos fazendo com equipamentos 100% nossos, sem usar a estrutura da Globo para nada. Nas outras, havia parceria. A gente recebia o sinal, empacotava e botava adiante.
Agora, a responsabilidade é exclusiva de vocês.
A partir do jogo contra o Boavista, toda a estrutura passou a ser da PlayRec. Todos os replays, todas as câmeras, tudo o que vai ao ar é montado pela gente.
Orgulho de comandar essa revolução?
Eu tive a honra de dirigir essa operação toda. Pra mim, foi uma coisa muito legal porque meu avô (Luiz Mendes) sempre contava como foi na época em que ele trabalhava. Meu avô foi um desbravador na transmissão esportiva. A primeira redonda, aquela Grande Resenha Facit, ele comandava com Armando Nogueira, João Saldanha, Nelson Rodrigues, José Maria Scassa, Hans Henningsen (o “Marinheiro Sueco”), Vitorino Vieira e o ex-artilheiro Ademir. Foi a primeira mesa redonda esportiva da história da televisão brasileira.
Eu tive a honra de dirigir essa operação toda. Pra mim, foi uma coisa muito legal porque meu avô (Luiz Mendes) sempre contava como foi na época em que ele trabalhava. Meu avô foi um desbravador na transmissão esportiva. Estamos fazendo algo parecido com os desbravadores daquela época. Eles desbravaram a mudança do rádio para a tevê; e nós da tevê para o streaming
Luiz Mendes deu aula ao neto então.
Ele contava como foram as primeiras transmissões ao vivo quando a comunicação migrou do rádio para a tevê. Era muito artesanal. Eu morria de rir porque, às vezes, ele tinha que ir para o Sumaré checar a antena, se estava chegando o sinal… Ele era o chefe de esportes da tevê Rio na época. Eu ria por saber como eram os primórdios.
Sente-se predestinado ou Luiz Mendes fez escola?
O tempo passou e o destino me deu oportunidade de vivenciar uma nova quebra de paradigma. Estamos fazendo algo parecido com os desbravadores daquela época. Eles desbravaram a mudança do rádio para a tevê; e nós da tevê para o streaming.
Uma responsabilidade enorme.
Nos preparamos para isso. Estamos nos ajustando a essa nova realidade. Temos algumas ideias, inovações para colocar na transmissão, mas estamos querendo ir aos poucos para não ser uma coisa tão impactante. Queremos fazer no início uma coisa mais conservadora para também jogar na retranca e minimizar o erro. Depois vamos colocando inovações e aperfeiçoando o que a gente viu que não funcionou.
No ano passado, eu fiz o Fla-Flu para as duas tevês (Fla TV e Flu TV) ao mesmo tempo, no mesmo jogo. A gente tinha duas equipes, uma em cada cabine. O pessoal de clube tem uma relação legal com todo mundo, mas meu foco está no Flamengo. É a vitrine. Tenho contrato e nem penso em outro clube hoje
O que aparentemente era simples virou complexo?
Com certeza. Antigamente, a gente fazia pré-jogo, intervalo e pós-jogo. São de quatro a seis câmeras dependendo da partida. Contra o Boavista, a gente tinha na unidade móvel 12 câmeras e mais quatro exclusivas de cabine, comentaristas. Então, eram 16 câmeras e mais uma unidade móvel de 15 metros. Tudo de mais moderno que você possa imaginar em termos de televisão. É transmissão broadcast de primeira qualidade técnica.
Qual é o custo da parte de vocês nesse projeto da Fla TV?
Quanto a custo, varia muito. A parte técnica gira em torno de R$ 70 mil por partida. A parte de talentos, cachê de narrador, comentaristas, nada disso é com a gente.
Telefone deve estar tocando bastante com essa história da MP 984/2020. Muitos clubes interessados em aprender ou até mesmo contratá-los?
Tá tocando tanto assim não (risos). O Flamengo pediu para eu dar apoio ao Volta Redonda (na última rodada da Taça Rio). O jogo era no Maracanã e o Volta Redonda resolveu transmitir com imagem. Quando chegamos lá, a Ferj baixou determinação pedindo que os clubes não transmitissem com imagem. O Volta Redonda se precaveu e optou por transmitir via rádio, filmando a cabine e o treinador. Nos cinco minutos finais, o presidente (Flávio Horta) autorizou que filmasse o jogo. Viramos quatro câmeras para o gramado. Foi uma transmissão no nível que a gente faz quando é jogo de categoria de base, bem mais simples.
Quanto a custo, varia muito. A parte técnica gira em torno de R$ 70 mil por partida. A parte de talentos, cachê de narrador, comentaristas, nada disso é com a gente
O Vasco também transmite com vocês?
Quem faz é um amigo meu, muito bom. Ele faz o Vasco há muito tempo. Tenho uma relação muito boa com Fluminense, Botafogo… No ano passado, eu fiz o Fla-Flu para as duas tevês (Fla TV e Flu TV) ao mesmo tempo, no mesmo jogo. A gente tinha duas equipes, uma em cada cabine. O pessoal de clube tem uma relação legal com todo mundo, mas meu foco está no Flamengo. É a vitrine. Tenho contrato e nem penso em outro clube hoje.
O Flamengo joga muito em Brasília. A logística da transmissão na capital é um desafio?
Isso é o de menos. Vamos para Brasília. De avião é 1h20 do Rio de Janeiro (risos). A Globo, quando faz essas transmissões pelo Brasil todo, terceiriza muita coisa na praça do jogo. A gente só tem que levar a nossa expertise em fazer o negócio, a nossa direção e a parte de internet, que não é tão simples assim.
Há quem ache fácil fazer uma live de futebol…
Embora possa parecer simples, fazer um jogo com qualidade para a internet, sem travar, tem muito macete. Não é assim (tão fácil) fazer uma live. Do contrário trava, e trava mesmo. Temos visto lives de bons serviços de streaming que ficam toda hora travando. Cai. Alguns parâmetros precisam ser seguidos.
Hoje, a sua firma será responsável por geral o sinal da final do Campeonato Carioca para a Fla TV e a tevê aberta. O que o vovô Luiz Mendes diria se estivesse no Maracanã?
Com certeza ficaria orgulhoso. Ele diria com aquele sotaque gaúcho: ‘tchê, bola pra frente’.
Com certeza (meu avô Luiz Medes) ficaria orgulhoso. Ele diria com aquele sotaque gaúcho: ‘tchê, bola pra frente’
Frio na barriga?
A responsabilidade já era grande. Falar para um monte de gente que a gente já estava falando. Nada pode dar errado. Dessa vez não muda muito. A única coisa que acrescenta é que a gente vai mandar via satélite o sinal limpo para o SBT. Acho que a gente vai fazer um trabalho bem bonito. Nesse formato, é a primeira vez, no Brasil, que um clube gera sinal para uma tevê aberta. Vai ser uma transmissão maior do que as outras em número de câmeras e estamos preparando algumas surpresas visuais.
Dá tempo de refletir sobre o que precisa melhorar?
Aconteceram alguns deslizes nossos. A questão do áudio, o locutor entrou baixo. Os caracteres com as informações de jogo ficaram pequenos. Toda a parte gráfica, as vinhetas, a comunicação visual, tudo da partida é da PlayRec. Tem muita gente que assiste no celular e o caracter ficou pequeno. Estamos guardando algumas surpresas, inserções visuais. Na última transmissão (contra o Volta Redonda), nós aperfeiçoamos o cenário.
A responsabilidade já era grande. Falar para um monte de gente que a gente já estava falando. Nada pode dar errado. Dessa vez não muda muito. A única coisa que acrescenta é que a gente vai mandar via satélite o sinal limpo para o SBT. Acho que a gente vai fazer um trabalho bem bonito. Nesse formato, é a primeira vez, no Brasil, que um clube gera sinal para uma tevê aberta. Vai ser uma transmissão maior do que as outras em número de câmeras e estamos preparando algumas surpresas visuais
A transmissão no MyCujoo virou case. Como foi a correria para liberar sinal no YouTube?
A única coisa que teve diferente é que nós faríamos dois sinais, duas transmissões, uma para o MyCujoo, com o sinal do jogo aberto, e uma para o YouTube, sem o sinal da partida, com a câmera no narrador e no técnico. Era mais complicado porque eram dois sinais. Mas, em cima da hora, o Flamengo decidiu abrir o sinal para o YouTube também devido a alguns problemas técnicos da plataforma MyCujoo. Abrimos. Isso em cima da hora, antes de começar o jogo. Tivemos que fazer uma manobrinha técnica e apontar o streaming do jogo também para o YouTube. Foi uma experiência bem legal. Atingimos os objetivos.
Um “urubu rei” me contou que você é pé-quente.
Eu sou pé-quente. Fui bicampeão brasileiro com o Cruzeiro (2013 e 2014). Quando o Fluminense foi jogar no Engenhão, fui bicampeão brasileiro com o Fluminense (2010 e 2012). Teve o Brasileiro de 2009 do Flamengo… Pô, acho que sou pentacampeão brasileiro. Teve um Estadual do Santos também. Eu brinco com o pessoal do Flamengo que eu precisei vir pra cá (Fla TV) para eles ganharem o bi da Libertadores.
A única coisa que teve diferente (na partida contra o Volta Redonda) é que nós faríamos dois sinais, duas transmissões, uma para o MyCujoo, com o sinal do jogo aberto, e uma para o YouTube, sem o sinal da partida, com a câmera no narrador e no técnico. Era mais complicado porque eram dois sinais. Mas, em cima da hora, o Flamengo decidiu abrir o sinal para o YouTube também devido a alguns problemas técnicos da plataforma MyCujoo. Abrimos. Isso em cima da hora, antes de começar o jogo. Tivemos que fazer uma manobrinha técnica e apontar o streaming do jogo também para o YouTube. Foi uma experiência bem legal. Atingimos os objetivos
Qual é a sua opinião sobre transmissões em streaming em meio a essa polêmica que vem rolando desde a publicação da MP 984/2020?
A gente não sabe o rumo que isso vai tomar, se os clubes vão continuar a colocar pela internet todo o conteúdo ou se vão começar a negociar com as televisões. Eu ainda acho que passar o produto na televisão tem muita força. A gente tem opção de passar na Fla TV ou, em vez de passar na Fla TV no YouTube, passar na FlaTV num canal alugado, ou fazer acordo com uma tevê aberta qualquer.
Estamos numa fase de laboratório então.
Eu ainda acho que não está definido como será o futuro desse mercado, mas, sem dúvida, cada vez mais tecnologicamente, eles (clubes) e a internet estão preparados para fazer esse tipo de transmissão
Até que ponto o YouTube entra na jogada?
Nos nossos últimos jogos (Boavista e Volta Redonda), tivemos o suporte do YouTube Brasil. A gente sabia que era uma live muito importante para eles. Achei a resposta da imagem sensacional depois que vi em casa. Tanto em qualidade quanto em travamento. No início, a gente torcia o nariz um pouco por conta dessa limitação tecnológica. Agora, não tem mais.
A gente não sabe o rumo que isso vai tomar, se os clubes vão continuar a colocar pela internet todo o conteúdo ou se vão começar a negociar com as televisões. Eu ainda acho que passar o produto na televisão tem muita força. A gente tem opção de passar na Fla TV ou, em vez de passar na Fla TV no YouTube, passar na FlaTV num canal alugado, ou fazer acordo com uma tevê aberta qualquer
Qual é o limite desse mercado?
Não tem limite. Só vai depender do modelo de negócios, como os clubes vão descobrir a melhor maneira de remuneração, ou seja, via streaming mesmo, ou com as tevês
A PlayRec tem expertise em live de artistas. É mais fácil transmitir show ou futebol?
O estúdio da gente é um dos maiores do Rio. A sala é uma das maiores do Brasil. Fica no Polo Rio de Cinevídeo, ao lado do Parque Olímpico, na mesma rua, na Bernardo Bueno. Fazemos os programas ao vivo da Fla TV de lá. Jogo de futebol tem uma torcida enorme que envolve a paixão também. No show você tem o fã, mas o fã está torcendo a favor, não tem ninguém torcendo contra. O jogo de futebol envolve amor e ódio.
Essa certeza aumentou fazendo transmissões?
Isso eu aprendi. É igual em todos os times por onde passei. Botafogo, Santos, Fluminense, Vasco, Flamengo, Palmeiras. Santos, Cruzeiro, Botafogo e Flamengo, onde trabalhei mais tempo, é tudo igual. Envolve paixão. Se o time está bem, o seu trabalho é elogiado. Se o time vai mal, começam a ver defeito em tudo. Tanto torcida quanto diretoria. Isso dificulta o trabalho. Para ter reclamação em música tem que fazer besteira. No futebol tem o a favor e o anti. Você lida com sentimentos diferentes nos dois mercados.
Siga no Twitter: @mplimaDF
Siga no Instagram: @marcospaulolimadf
Siga no Facebook: https://www.facebook.com/dribledecorpo/30
Há cinco anos, Gabriel Veron e Kaio Jorge brindavam o Brasil com uma virada épica…
Roger Machado inventou um lateral-direito e a Seleção Brasileira precisa prestar atenção nele. Em tempo…
O sorteio das quartas de final da Nations League nessa sexta-feira, em Nyon, na Suíça,…
Os movimentos de Ronaldo Nazário de Lima, o Ronaldo, são friamente calculados desde uma viagem…
Menos de um ano depois de levar o Real Brasília ao título do Campeonato Feminino…
Atual vice-campeã mundial, a França é uma seleção sempre pronta para competir, mas não necessariamente…