Há cinco anos, em 25 de agosto de 2013, uma briga entre torcedores do Corinthians e do Vasco no anel superior do Estádio Mané Garrincha em uma partida válida pelo Campeonato Brasileiro teve repercussão mundial. Vândalos corintianos invadiram a área destinada aos cruz-maltinos e deram início ao quebra-pau. Nas imagens, um pai chega a proteger uma criança da barbárie.
Os dois clubes voltarão ao Mané Garrincha neste domingo, novamente pelo Campeonato Brasileiro. Na entrevista a seguir ao blog, o presidente do Vasco, Alexandre Campello, diz que seu clube, mandante da partida, os órgãos de segurança pública do DF e policiais privados garantirão a tranquilidade de quem for ao estádio. Mas Campello também surpreende. Segundo ele, o público que irá ao Mané Garrincha é “diferente” e o preço do ingresso (R$ 50 (meia) a R$ 100 (meia) ajudarão a selecionar quem entrará no Mané Garrincha.
Qual é a sua expectativa para o jogo aqui em Brasília contra o Corinthians?
De jogar em casa. Com o estádio cheio de vascaínos e empurrando o time. O Vasco é um clube nacional e precisa estar mais próximo dos torcedores. Essa é uma oportunidade para os vascaínos de fora do Rio verem de perto o time jogar. Queríamos ir a outras praças como Manaus, por exemplo, mas o calendário apertado nào permite e a logística até lá não é muito favorável.
Dos 19 pontos do Vasco, 16 foram conquistados em São Januário. Apenas duas derrotas, para Botafogo e Vitória, em oito jogos disputados em casa. Do ponto de risco esportivo, não é um risco trazer uma partida dessa para Brasília, onde o Corinthians também tem muitos torcedores?
O Vasco está acostumado a jogar em qualquer lugar do Brasil. Nós sabemos da força da torcida do Corinthians, mas a presença da nossa torcida é suficiente, já basta.
O pacote de R$ 1,6 milhão por dois jogos em Brasília, esse contra o Corinthians e outro com o Flamengo, em 16 de setembro, é mais importante nesse momento do que jogar no caldeirão de São Januário?
Quem te deu essa informação? Não quero ficar falando aqui sobre valores.
Mas os valores são esses? Se não forem, o senhor me corrija…
Já te expliquei.
Há cinco anos, um jogo entre Vasco e Corinthians. no Mané Garrincha, teve confusão no intervalo, com briga no anel superior do estádio e cenas terríveis que repercutiram no mundo inteiro. Inclusive, a de um pai protegendo uma criança da selvageria. Que ações o Vasco e os organizadores do jogo estão tomando para que isso não se repita?
Haverá um número importante de seguranças privados e teremos forte esquema de segurança pública também, mas eu creio que o torcedor que irá ao estádio no domingo é diferente. Além disso, o valor do ingresso R$ 50 (meia) a R$ 100 (meia) não é tão barato assim…
Qual é a representatividade de Brasília no número de sócios torcedores do Vasco?
Não muito. O que a gente quer é justamente isso. Trazer esse jogo para Brasília é uma ação de ativação. Estamos relançando o projeto de sócio torcedor. Queremos fazer isso não só em Brasília, mas em Manaus, Cuiabá, Belém, cidade onde temos muitos vascaínos. E queremos oferecer algo atraente a esses torcedores. Levar ídolos do clube, o time máster nesses lugares. Instalar e fortalecer as capitanias vascaínas, que são uma espécie de embaixadas do clube nessas cidades. Decidimos chamá-las de capitanias.
Haverá um número importante de seguranças privados e teremos forte esquema de segurança pública também, mas eu creio que o torcedor que irá ao estádio no domingo é diferente. Além disso, o valor do ingresso R$ 50 (meia) a R$ 100 (meia) não é tão barato assim…
O Vasco ocupa o décimo lugar. Está satisfeito com o desempenho do clube no Brasileirão?
Houve essa paralisação para a Copa do Mundo. Depois disso, jogamos quatro vezes em 10 dias. Apesar da eliminação, nós fomos bem contra o Bahia na Copa do Brasil. Sofremos gol nos últimos minutos no clássico contra o Fluminense. Conseguimos um resultado importante contra o Grêmio no domingo. E esse jogo de ontem (quarta) foi atípico. Na altitude de Quito. O time todo sentiu. A derrota por 2 x 1 era importante, mas perdemos por 3 x 1. Podemos reverter em São Januário. Fizemos um gol fora.
O senhor está no cargo há seis meses. É mais difícil ser médico ou presidente de clube de futebol?
Eu costumo dizer que operar joelho é mais fácil do que ser presidente de clubes de futebol (risos). Asseguro.
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