Como se não bastassem os comentários de que o chaveamento do Brasil é fácil, agora você ouvirá que, se o Brasil avançar às quartas de final, terá vantagem porque a Croácia está cansada, jogou 120 minutos, precisou da decisão por pênaltis para vencer o Japão, blábláblá…
Estou aqui para refrescar a sua memória. A Croácia é a atual vice-campeã da Copa, ok? Você lembra da campana da trupe de Luka Modric até a decisão?
Nas oitavas de final, eliminou a Dinamarca nos pênaltis após empate por 1 x 1.
Nas quartas de final, superou a Rússia nos pênaltis por 4 x 2 após 2 x 2 com bola rolando.
Nas semifinais, bateu a Inglaterra por 2 x 1 na prorrogação.
Portanto, cuidado quando ouvir opinião rasa de que a Croácia chegará às quartas de final colocando a língua de fora contra Brasil ou Coreia do Sul (escrevo antes desse jogo).
Tite é fã de três meias. Gostaria de ter um deles se pudesse: De Bruyne, Arrascaeta e Modric.
Em 2018, o técnico da Seleção Brasileira votou justamente em Modric no Fifa The Best.
“Para o melhor do mundo, votei em Modric, Hazard… Não, Salah. E Cristiano (Ronaldo). Fica a menção ao Hazard. Deve ser raiva do que ele fez (risos). Courtois também, que agora foi para o Real (Madrid). E não diga que não foi por causa do jogo que fez contra nós”, disse Tite à época.
A Croácia tem o que o futebol brasileiro deixou de produzir: um meia para chamar de seu.
Modric é o camisa 10 dos sonhos de qualquer treinador apaixonado por um cérebro no meio.
Tite não tem. Daí ter inventado Neymar na função de articulador à frente de Casemiro e Lucas Paquetá e atrás do trio de ataque formado por Raphinha, Richarlison e Vinicius Junior. Há quatro anos, Neymar seria um dos três da frente. Reinventado, faz o falso papel de Modric.
A Croácia não é brilhante, mas tem talento. O zagueiro Gvardiol é um dos melhores da Copa. O meio de campo não tem só Modric. Kovacic é bom jogador. Na frente, gosto muito de Kramaric e de Perisic, autor do gol de ampeta da Croácia contra o Japão. Ambos tentam compensar a carência de um Mandzukic na função de centroavante.
É jogo duríssimo para Brasil ou Coreia do Sul. Que seja para o Brasil. As seleções duelaram na primeira rodada da fase de grupos de 2006, na Alemanha. Kaká fez o gol da vitória por 1 x 0. Em 2014, o Brasil superou o adversário por 3 x 1 em um jogo polêmico na abertura da Copa do Mundo de 2014. Houve também dois amistosos. Empate por 1 x 1 em 2005 e triunfo verde-amarelo por 2 x 0 em outro teste antes do início da Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
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