Kaka blog Kaká apresentou hoje a Rise Academy, projeto para crianças de 5 a 13 anos. Foto: Divulgação Kaká apresentou hoje a Rise Academy, projeto para crianças de 5 a 13 anos. Foto: Divulgação

Embaixador da Rise Academy, gestor e técnico de futebol: as reinvenções do brasiliense Kaká 20 anos depois do penta

Publicado em Esporte

Vinte anos depois da conquista do penta na Coreia do Sul e no Japão, o caçula entre os 23 jogadores campeões da Copa de 2002 atua livre, leve e solto no campo dos negócios. Nascido no Gama, o brasiliense Ricardo Izecson dos Santos Leite, o Kaká, apresentou hoje, em São Paulo, a Rise Academy — um instituto de futebol para crianças de 5 a 13 anos. 

 

Campeão mundial aos 20 anos sob o comando de Luiz Felipe Scolari, o agora quarentão eleito melhor do mundo em 2007 é embaixador da academia, que tem como criadores a Next Academy, maior rede de academias de futebol para iniciação de crianças no esporte. A expectativa é de que 10 milhões de jovens brasileiros sejam impactados pelo projeto. 

 

Kaká virou acadêmico depois de pendurar as chuteiras no Orlando City. Hoje, tem  várias facetas e está pronto para atuar em várias funções. Formou-se em gestão esportiva na Fundação Getúlio Vargas (FGV). Recentemente, concluiu o curso de técnico de futebol na CBF Academy. Em novembro, encerrará os estudos em gestão esportiva na Uefa. “Sou um estudante do futebol. Quero aprender”, disse na entrevista coletiva desta quarta-feira.

 

No lançamento da Rise Academy, em São Paulo, admitiu a possibilidade de suceder o Alex nas categorias de base do São Paulo. O meia orienta o time tricolor sub-20. Em janeiro, levou os meninos de Cotia às semifinais da Copa São Paulo, mas não continuará no cargo. Kaká, inclusive, observou in loco o trabalho de Rogério Ceni durante a conclusão do curso de treinador. 

 

“É um prazer ser parceiro desse projeto importante, que certamente vai impactar a vida de milhões de crianças em todo o Brasil por meio do esporte e da educação. Como pai, eu acredito que esse é o caminho para formarmos uma geração vencedora, independentemente do futuro profissional que cada um vai seguir”, afirma Kaká. Ele será o rosto principal nas campanhas de divulgação da academia, eventos, e participará ativamente como consultor da empresa aplicando os conhecimentos acumulados como ex-jogador, gestor e técnico recém-formado. 

 

Na apresentação de hoje, em São Paulo, Kaká contou que ele, o irmão e o paí mapearam o mercado com a intenção de abrir escolinhas usando a marca do craque, mas não se convenceram e desistiram. “Decidi não fazer”. Segundo ele, a possibilidade voltou a fazer sentido no convite para ser embaixador da Rise Academy. “Não há preocupação com alta performance. A ideia é formação de caráter a partir dos valores do esporte. Usar o esporte como auxílio de formação. 

 

A parceria com a Rise Academy  propõe instruir jovens para situações reais de jogo a fim de ampliar a oportunidade de inserção no mercado esportivo. As ferramentas são diversificadas e inspiradas nas propostas dos principais clubes de futebol do mundo. A intenção é que os alunos vinculados à academia desenvolvam competências sócio-emocionais para a superação dos desafios dentro e fora das quatro linhas. 

 

De acordo com a apresentação desta quarta-feira, cada unidade da Rise terá seu centro de treinamento equipado com campo de futebol de 40 x 20m, equipamentos e materiais esportivos de alta qualidade. As crianças serão divididas em três categorias: sub-8, sub-11 e sub-13. Os pequenos treinarão com profissionais graduados e preparados dentro da metodologia de futebol da empresa. Alunos e pais acessarão uma plataforma educacional com atividades para para o desenvolvimento da criança no esporte e nos estudos. Há possibilidade até de intercâmbio esportivo e universitário nos Estados Unidos. “Eu vivi três anos nos Estados Unidos e sei como isso é forte lá. Faz parte da grade de aprendizado”, testemunhou Kaká.

 

“A Rise Academy entregará ao mercado uma solução esportiva e educacional. O futebol e os estudos não precisam ser excludentes. Nos próximos anos, são mais de 10 milhões de crianças e adolescentes no Brasil que poderão ser impactados pela entrega da Rise”, explica Lucas Procópio, co-fundador e CRO da UNBK, holding focada em esporte e educação. O instituto funcionará no modelo de franquias. A projeção é de 200 unidades em todo o Brasil com atendimento para até 500 crianças. O pontapé inicial será em São Paulo. 

 

Segundo os idealizadores, “uma das principais missões da Rise Academy é oferecer uma opção para as crianças que estão cada vez mais dependentes das telas de computadores, tablets e celulares e com isso acabam desenvolvendo problemas físicos, como a obesidade, e emocionais, como baixa estima e até depressão”.

 

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