Jober e goleiros José Jober (C), Hugo Souza e Gabriel Batista na base do Flamengo. Foto: Arquivo pessoal José Jober (C), Hugo Souza e Gabriel Batista na base do Flamengo. Foto: Arquivo pessoal

Ele ajudou a formar Gabriel Batista: um bate-papo com José Jober, ex-preparador de goleiros do Flamengo

Publicado em Esporte

Titular do Flamengo na partida desta quarta-feira contra o Bahia, em Pituaçu, Gabriel Batista, de 22 anos, tem ótimas referências de quem foi um dos professores dele nas divisões de base do clube carioca. O blog bateu um papo com José Jober, ex-preparador de goleiros de Gabriel, Hugo e César nas divisões de base do clube rubro-negro. O profissional trabalha atualmente no Chongqing Dangdai, time da primeira divisão do Campeonato Chinês – China Super League –, onde atuam os brasileiros Marcinho, Fernandinho, Alan Kardec e Marcelo Cirino.

“O Gabriel é um goleiro frio, simples, com bom posicionamento, reposição e passe bons. Não é de fazer defesas espalhafatosas, de exagerar. Pelo histórico dele, vai fazer um jogo e mostrará tranquilidade. Estreou na Taça Guanabara de 2018. Ele foi titular nos quatro primeiros jogos na época com o Paulo César Carpegiani porque o elenco principal havia saído mais tarde para as férias por causa da final da Copa Sul-Americana.”, elogia Jober.

O preparador de goleiros lembra que Gabriel pertencia ao Audax-RJ antes de desembarcar no Flamengo e virou titular do time sub-17 rapidamente. “O Gabriel foi um dos goleiros do Carlos Amadeu no Mundial Sub-17 de 2015, no Chile. Eu falava muito para ele sobre a necessidade de ser regular. Isso levou o Gabriel à Seleção. Toma boas decisões, é inteligente”, observa.

Gabriel é da geração de Liziero (São Paulo), Andrey (Vasco), Luís Henrique (Botafogo), Evander (Vasco) e Éder Militão (Real Madrid). “Embora ele seja um jovem goleiro, ele falha pouco. Isso sempre chamou a minha atenção quando trabalhava com ele”, recorda. Outro ponto destacado por Jober é a tranquilidade para jogar com os pés.

“Ele é muito bom com os pés. Isso é um diferencial nele. Não se apavora. Hoje em dia, os profissionais da base colocam esse tipo de situação. A dinâmica dos treinos inclui trabalho com os pés. Os goleiros mais novos atendem a essa exigência do futebol moderno. É uma tendência na posição”, indica o ex-preparador de goleiro do Flamengo.

Com as ausência do lesionado Diego Alves e do reserva César, que entrou em quarentena testar positivo para vovid-19, Gabriel jogará no time titular pela oitava vez – a primeira no Campeonato Brasileiro. No ano passado, César recebeu cartão vermelho contra o Goiás, no Serra Durada, deu lugar a Gabriel nos últimos minutos da empate por 2 x 2 pela 29ª rodada da edição passada.

 

Gabriel será titular pela primeira vez na Série A. Foto: Alexandre Vidal/Flamengo

 

O reserva de Gabriel será Hugo Souza, outra goleiro lapidado por Jober na base do Flamengo. “O Hugo foi até convocado pelo Tite para a Seleção para dar experiência a goleiros com idade olímpica”, lembra Jober, com uma observação favorável ao desenvolvimento dos jovens goleiros rubro-negros. “Os jogos estão sendo disputados sem torcida por causa da pandemia. Isso dá um pouco de caráter de base para as partidas. Os jogos da base têm pouca gente, são disputados nesse tipo de atmosfera. Isso dá mais tranquilidade ao Gabriel e ao Hugo”, aponta.

 

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