Ninguém segura o time reserva do Flamengo: Fabrício Bruno fez dois. Foto: Gilvan de Souza/Flamengo
Dorival Júnior faz no Flamengo um upgrade da estratégia usada por Luiz Felipe Scolari há quatro anos para levar o Palmeiras ao título do Campeonato Brasileiro de 2018. Naquele ano, Felipão herdou o elenco alviverde de Roger Machado e estabeleceu prioridades. Mirou na Copa do Brasil e na Libertadores e usou a força do elenco para manter-se nas primeiras colocações na Série A. São Paulo e Internacional alternaram-se no primeiro lugar até a 26ª rodada, quando o Palmeira toma a dianteira, sustenta nas últimas 12 voltas e cruza a linha de chegada em primeiro depois de eliminações nas semifinais do mata-mata nacional contra o Cruzeiro e continental diante do Boca Juniors.
Felipão usou time misto reforçado por titulares em 15 jogos. Thiago Santos, Bruno Henrique, Moisés e Dudu reforçavam a equipe. Dorival Júnior é mais radical. À exceção do goleiro Santos, montou um time reserva organizado, competitivo e eficiente na escalada rumo à vice-liderança. Titulares turbinam a equipe no fim dos duelos ou quando estão suspensos no jogo seguinte válido por outra competição. Foi o caso, por exemplo, de Thiago Maia. O volante está fora do duelo com o Furacão pela Copa do Brasil.
Se fosse piloto em uma prova de Fórmula 1, Dorival Júnior estaria fazendo uma fantástica corrida de recuperação. Ele assumiu o volante quando o Flamengo ocupava o 14ª lugar na décima volta da corrida pelo título. De lá para cá, ganhou simplesmente 12 posições e não para de fazer a melhor volta. O problema é que o líder Palmeiras não dá pinta sequer de que entrará nos boxes.
O Palmeiras tem três voltas à frente do Flamengo — os nove pontos de vantagem. Dorival Júnior precisa conduzir o carro rubro-negro no “limite extremo”, como diria Galvão Bueno nos tempos em que narrava Fórmula 1. A goleada por 5 x 0 contra o Athletico-PR neste domingo, no Maracanã, abre a possibilidade de reduzir a distância para duas voltas no confronto direto do próximo domingo pela 23ª rodada, no Allianz Parque.
O time reserva do Flamengo chama a atenção em um aspecto específico: é bem treinado. Os gols gerados em cobranças de escanteios ou faltas, popularizados como lances de bola parada, não acontecem por acaso. Quem esteve no Mané Garrincha em julho, por exemplo, viu como funcionou nas vitórias contra Coritiba e Juventude. Os dois gols da vitória contra o Coxa nasceram em cobranças de escanteio. Os quatro diante da equipe gaúcha foram de cabeça.
Você pode detestar bola aérea e até chamar o estilo do time reserva de “Dorivabol”, mas é uma ferramenta de jogo, uma maneira de arrombar retrancas e trazer o jogo para a zona de conforto. O time titular do Flamengo não conseguiu isso na primeira partida das quartas de final da Copa do Brasil contra o Athletico-PR, no Maracanã, em um amargo empate por 0 x 0. O reserva, sim, hoje, no mesmo Maracanã, diante dos reservas do Furacão.
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