Cuca costuma transformar a vida de centroavantes da água para o vinho. Foi assim no Goiás de 2003. O brasiliense Dimba foi o artilheiro da primeira edição do Brasileirão no sistema de pontos corridos com 31 gols. Foi assim também na passagem pelo Atlético-MG. O Galo ganhou o título inédito da Libertadores com sete gols de Jô, goleador máximo da competição. O treinador só não emplacou Gabriel Jesus no título de 2016 do Palmeiras porque as convocações para a Seleção o deixaram para trás contra Fred, Willian Pottker e Diego Souza. Mesmo assim, Jesus foi o goleador alviverde na competição.
O nome da vez é Gabriel Barbosa. Por enquanto, ele merece voltar a ser chamado de Gabigol. Afinal, assumiu a artilharia isolada do Campeonato Brasileiro com 12 gols, dois à frente do contundido Pedro, do Fluminense. O jogador de 22 anos pode ser artilheiro pela terceira vez na carreira. Conseguiu o feito nas edições de 2014 e de 2015 da Copa do Brasil, o segundo torneio mais importante do país, com seis e oito gols, respectivamente.
Há uma certeza. A temporada de 2018 entrará a para o currículo de Gabigol como a mais goleadora da carreira. Com os dois marcados neste domingo na vitória sobre o Paraná, ele chegou a 21 no ano. Igualou os desempenhos de 2014 e de 2015 com a camisa alvinegra.
Gabigol ainda terá pela frente 14 rodadas para superar o próprio recorde. Um feito e tanto para quem, até poucos meses, pingava de clube em clube na Europa. Não vingou na Internazionale e muito menos no Benfica, de Portugal. Estava na primeira convocação de Tite para os duelos com Equador e Colômbia nas Eliminatórias e de repente desapareceu justamente por ter trocado de identidade depois da conquista da inédita medalha de ouro nos Jogos Olímpicos do Rio-2016. Passou de Gabigol a Gabriel Barbosa.
Gabigol está a caminho de manter a tradição do Santos. O clube teve o artilheiro do Campeonato Brasileiro várias vezes. A última delas em 2015, com Ricardo Oliveira, autor de 20 gols. Contando a partir de 1971, Serginho Chulapa (1983), Paulinho McLaren (1991), Guga (1993), Viola (1998), Kléber Pereira (2008) e Borges (2011) conseguiram a proeza. Na era da Taça Brasil e do Robertão, Pelé (1961 e 1964), Coutinho (1962), Toninho Guerreiro (1966 e 1968) também fizeram história. Chegou a vez de Gabigol?
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