O Flamengo completou na noite desta quarta-feira um mês, ou nove jogos consecutivos, como queira, sem gol de um centroavante. A última bola na rede de um “camisa 9” raiz foi marcado por Henrique Dourado naquela vitória por 1 x 0 sobre os reservas do Cruzeiro, aos 22 minutos do primeiro tempo, no Maracanã, em 12 de agosto, pelo Brasileirão. No total, são 878 minutos sem um gol de centroavante.
Desde então, o time rubro-negro marcou oito gols em nove partidas. Menos de um por jogo. Apenas um de atacante. Vitinho deixou o dele na derrota para o Internacional, no Beira-Rio. Nas outras partidas, dois gols de Diego, outros dois de Everton Ribeiro e um de de Renê, Lucas Paquetá e Léo Duarte supriram a inoperância dos centroavantes.
Fernando Uribe chegou ao Flamengo com a fama de fazer um gol a cada dois jogos. Começou titular contra a fraquíssima Chapecoense no empate por 0 x 0 com o Corinthians no jogo de ida da semifinal da Copa do Brasil. Furou no primeiro tempo, irritou a torcida, saiu vaiado para a entrada de Henrique Dourado.
Maurício Barbieri tirou Vitinho. Mandou Lincoln a campo. Terminou a partida com dois centroavantes! Não há centroavante que dê jeito. A bola passou mais de uma vez na frente ou dentro da pequena área do goleiro Cássio, mas niguém foi capaz de desviá-la para dentro da rede do Corinthians.
Se o drama rubro-negro era a falta de goleiro nos jogos decisivos do ano passado, o drama dessa vez é outro: falta um centroavante minimamente capaz de fazer gol na única chance que pintar. Nesta quarta-feira, a frustrada torcida rubro-negra deve ter deixado o Maracanã, de cabeça inchada, sentindo saudades de Hernane “Brocador”, artilheiro isolado da Copa do Brasil de 2013 com oito gols, num tempo em que os cofres do clube ainda eram vazios, mas as redes ficaram lotadas de gols. Lembram? O limitado Hernane foi o artilheiro do país naquela temporada com impressionantes 36 gols em 59 jogos.
Abstinência: último gol dos centroavantes
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