Michael Michael enfrentara o Goiás pela primeira vez em Goiânia depois de 2019 mágino no clube. Foto: Alexandre Vidal Michael enfrentara o Goiás pela primeira vez em Goiânia depois de ano mágino no clube. Foto: Alexandre Vidal

De volta ao Estádio da Serrinha, Michael vai de protagonista no Goiás a reserva no Flamengo

Publicado em Esporte

Michael sente na pele a diferença entre os pesos da camisa do Goiás e do Flamengo. Um ano depois de movimentar R$ 34,5 milhões na transferência do clube goiano para o carioca, em 20 de janeiro de 2020, o atacante de 24 anos decepciona na primeira temporada rubro-negra.

Passou de protagonista no time esmeraldino a coadjuvante no elenco mais caro e badalado do pais. Os números de Michael em 2020 comprovam a mudança no perfil. O intocável do Goiás é reserva do Flamengo na volta ao Estádio da Serrinha — velha casa dele no alviverde. “Eu gosto da Serrinha. É mais perto da torcida e eu gosto dela por perto, disse quando defendia o Goiás.

Em 2019, Michael disputou 54 dos 64 jogos do Goiás na temporada (84,3%). Fez 16 gols, deu cinco assistências e foi eleito revelação do Campeonato Brasileiro. Nesta temporada, participou de 39 das 60 exibições do Flamengo (56,5%), balançou a rede quatro vezes e contribuiu com quatro passes decisivos. Na trupe carioca, Michael acumula 15 jogos e 12 gols a menos do que na campanha anterior vestindo o uniforme do Goiás.

 

As fases de Michael no Flamengo na temporada

  • Com Jorge Jesus: entrou em campo em 17 dos 18 jogos (94,4%), fez 3 gols e deu 4 assistências.
  • Com Domènec Torrent: jogou 13 dos 26 jogos (50%), anotou 1 gol e deu 1 assistência.
  • Com Rogério Ceni: utilizado em 6 das 12 partidas (50%), não fez gol nem deu assistência.

 

A comparação entre o aproveitamento de Michael pelos três técnicos do Flamengo na temporada mostra que Jorge Jesus era o mais interessado em explorar as características do jogador e aprimorá-las. Consequentemente, a saída do português para o Benfica, em julho, desacelerou o processo de evolução e de adaptação do reforço ao time rubro-negro.

Jorge Jesus comandou o Flamengo em 18 jogos no ano passado. O atacante entrou em campo em 17, ou seja, 94,4%, e marcou três gols. Só não foi utilizado pelo lusitano no empate por 2 x 2 com o Independiente del Valle na ida da final da Recopa Sul-Americana. O treinador foi quem mais deu chance, mas “pegava no pé” dele em busca de excelência.

O ex-técnico do Flamengo, Domènec Torrent, escalou o Flamengo em 26 partidas. Michael pisou no gramado em 13, ou seja, 50%, e balançou a rede uma vez contra o Athletico-PR na partida de volta pelas oitavas de final da Copa do Brasil.

 

Menos aproveitado

  • Goiás jogou 64 partidas em 2019. Michael disputou 54 (84,3%), fez 16 gols e deu 5 assistências
  • Flamengo tem 60 jogos em 2020. Michael disputou 39 (56,5%), fez 4 gols e deu 4 assistências

 

Rogério Ceni acumula 12 jogos no Flamengo. Usou Michael em seis. O atacante não balançou a rede sob nova direção. Os outros quatro jogo do Flamengo na temporada foram com o elenco sub-20 na largada da equipe no Campeonato Carioca. Logo, Michael não estava relacionado.

Em 2019, Michael rendeu aberto na esquerda jogando pelo Goiás. Foi decisivo, inclusive, no empate por 2 x 2 com o Flamengo, no Serra Dourada, ao contribuir com um gol e uma assistência para o centroavante Rafael Moura. No Flamengo, foi escalado na função que mais gosta por Jorge Jesus, deslocado para a direita por Domènec Torrent e tem entrado na ponta canhota quando tem oportunidade com Rogério Ceni.

O atual técnico não utiliza Michael há três jogos consecutivos. Aparenta ter largado mão da opção disponível no elenco. Michael não entrou em campo contra Bahia, Fluminense e Ceará. Ouso afirmar que, se Rogério Ceni tivesse Michael e Osvaldo no elenco, escalaria o pupilo do Fortaleza no Flamengo. Que fase, Michael!

 

 

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