Embora seja declaradamente rubro-negro, foi no Vasco que Vanderlei Luxemburgo — em negociação com o Gigante da Colina —, praticamente começou a vitoriosa carreira de técnico. Graças ao carinho de um delegado — Antônio Lopes. E ao então presidente cruz-maltino, Antonio Soares Calçada.
O ano era 1981. Devido a um problema no joelho, o lateral-esquerdo Vanderlei Luxemburgo aposentou-se do futebol depois de defender Flamengo, Internacional e Botafogo. Queria ser treinador. Começou como estagiário de Antônio Lopes no Olaria e no América. Mas foi no Vasco que ele ganhou status. “Já era auxiliar remunerado. Foi boa a participação dele comigo”, conta ao blog Antônio Lopes numa entrevista por telefone em 18 de março de 2017. “Formamos uma duplinha bacana. Depois dali, ele começou a voar sozinho”, acrescentou.
O primeiro emprego de Vanderlei Luxemburgo como técnico teve um empurrão de Antônio Lopes e do xará, o então presidente do Vasco, Antônio Soares Calçada. “Ele saiu de lá do Vasco para o Campo Grande. Pedi ao seu Calçada para dar referência dele ao presidente do Campo Grande e ele colaborou bastante. O Vanderlei foi para o Campo Grande, depois foi para o Espírito Santo (trabalhar no Rio Branco)”, recorda Antônio Lopes.
“Formamos uma duplinha bacana. Depois dali, ele começou a voar sozinho. Ele saiu de lá do Vasco para o Campo Grande. Pedi ao seu Calçada para dar referência dele ao presidente do Campo Grande e ele colaborou bastante. O Vanderlei foi para o Campo Grande, depois foi para o Espírito Santo (trabalhar no Rio Branco)”
Antônio Lopes
Questionado por mim, em 2017, se apoiaria a contratação de Vanderlei Luxemburgo caso fosse consultado pelo então presidente Eurico Miranda, Antônio Lopes não ficou no muro. “Daria total apoio se ele (Eurico) pedisse a minha opinião. Mas não vai pedir porque sabe muito bem quem é o Vanderlei”, riu. Na época, o Vasco havia demitido Cristóvão Borges e o nome de Luxemburgo invadiu o noticiário.
Na opinião do Delegado, nem mesmo o coração rubro-negro de Vanderlei Luxemburgo e a troca de farpas com Eurico Miranda, quando comandava o Flamengo, eram obstáculos ao acordo. Em 2015, Luxemburgo criticou Eurico Miranda. “O que não faz parte do futebol é saber que o presidente da federação (Rubens Lopes) está frequentando o camarote do presidente do Vasco. O que não faz parte é o presidente do Vasco estar sentado na cadeira do presidente da federação em algum momento”, atacou o então dirigente do Botafogo.
Na época, a declaração fechou portas de São Januário. Havia interesse em Luxemburgo após a saída da dupla Jorginho e Zinho. O rancor de Eurico não permitiu. O cartola preferiu Cristóvão Borges. Mas, para Antônio Lopes, até mesmo a paixão de Luxemburgo pelo Flamengo — o treinador chegou a dizer que um dia pode ser candidato a presidente do clube rubro-negro — tem que ser superada. “Não tem nada disso. Eu sou vascaíno, todos sabem, e trabalhei em tudo que é lugar, inclusive no Flamengo (1987). O Vanderlei é muito profissional”, encerrou Antônio Lopes, colocando a mão no fogo pelo compadre.
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