Quer ver o Ronaldo fechar a cara? Toque no nome do senhor Héctor Raúl Cúper perto dele. Acusado de ter sido o pivô da saída do Fenômeno da Internazionale, em 2002, para o Real Madrid, o técnico argentino acaba de quebrar um tabu de 28 anos ao classificar o Egito para a Copa de 2018. Recordistas de títulos da Copa Africana de Nações, os Faraós não disputavam o torneio desde 1990, na Itália.
Ao deixar a Internazionale, Ronaldo disse que Héctor Cúper o escalava quando estava mal fisicamente, e o deixava fora do time ou substituía quando estava bem. Apesar da polêmica, o hermano teve seus minutos de fama em duas finais da Liga dos Campeões da Europa. À frente do Valencia, o treinador perdeu as decisões de 2000 e de 2001 para o Real Madrid e o Bayern de Munique, respectivamente. Neste ano, teve a chance de faturar o principal torneio de seleções do continente africano contra Camarões, em Libreville, no Gabão, mas os Leões Indomáveis levaram o troféu.
O Egito amargava um deserto. Conquistou o tricampeonato da Copa Africana em 2006, 2008 e 2010 sob o comando de Hassan Shehata. Na sequência, ficou fora do torneio em 2012, 2013 e 2015. Em março de 2016, os Faraós decidiram contratar Héctor Cúper e ainda não se arrependeram. O argentino classificou o Egito para a Copa Africana de 2017. Foi vice-campeã diante de Camarões. Sofreu apenas um gol em seis jogos na competição e teve peito para escalar o goleiro El-Hadary, 44 anos.
Héctor Cúper tem uma geração promissora em sua prancheta. O pequeno faraó Mohamed Salah, do Liverpool, além de Elneny e Trézéguet. Héctor Cúper tinha um desafio maior do que dar o título continental ao Egito: levar o país de volta a uma Copa do Mundo. Conseguiu.
Aos 62 anos, Héctor Cúper é mais um técnico argentino em alta no mundo da bola. Em 2015, Jorge Sampaoli levou o Chile ao título da Copa América. No ano seguinte, Juan, Antonio Pizzi brindou o país com o bi. Edgardo Bauza é o comandante da Arábia Saudita, que também está garantida na Copa de 2018.
Apesar da marra de Héctor Cúper, que Ronaldo conhece muito bem dos tempos da Internazionale, o técnico exibe poucos títulos no currículo. Em 1996, faturou a Copa Conmebol pelo Lanús, da Argentina. Dois anos depois, a Supercopa da Espanha à frente do Mallorca. No ano seguinte, levou a mesma taça pelo Valencia. Ganhou até o prêmio de melhor treinador da Europa em 2000 oferecido pela Uefa.
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