Ferreira usa a cabeça para fazer o segundo gol tricolor no MorumBis. Foto: Rubens Chiri/SPFC
Quem vai ponderar que o técnico Luis Zubeldia tem montado um São Paulo no limite da capacidade do elenco sem quatro titulares: os volantes Pablo Maia e Luiz Gustavo; além dos astros da companhia, Oscar e Lucas Moura? Alguém vai ponderar a carência de pontas em um elenco praticamente refém de Ferreira? Jonathan Calleri não faz gol há cinco jogos consecutivos! Não, nada disso importa. O discurso simplista culpa o treinador pelo empate por 2 x 2 com o Alianza Lima, no MorumBis, pela segunda rodada da fase de grupos da Copa Libertadores da América.
O São Paulo alternou dois sistemas de jogo em casa. Posicionava-se com quatro defensores quando era atacado e agredia no 3-5-2 nos 62% de posse de bola. Marcos Antônio fez um primeiro tempo impecável na distribuição de jogo. Supria a falta de um meia especializado no assunto. Auxiliava Luciano no processo de construção. Do lado direito, Zubeldia mostrou ousadia ao apostar no jovem Lucas Ferreira, de 18 anos. Ações ofensivas partiram dos pés dele.
O protagonismo foi do “veterano” Ferreira no primeiro tempo. O ponta esquerda de 27 anos acabou com o jogo enquanto teve fôlego. O primeiro gol dele começa nos pés do zagueiro Arboleda, passa por Alan Franco, chega a Enzo Díaz, é devolvida a Luciano e o meia postiço Luciano serve Ferreirinha – protagonista de uma belíssima finalização.
Enquanto Calleri segurava marcadores, Ferreira trafegava com liberdade pelo campo de defesa do Alianza. Se o time peruano esperava bola no Calleri, foi surpreendido pela busca do São Paulo por Ferreirinha na área. Assim saiu o segundo gol. Lucas Ferreira, Alisson e Enzo Díaz trocaram passes. Marcos Antônio recebeu a bola e cruzou para Ferreira finalizar de cabeça para a rede.
Lembra dos problemas apontados no início deste texto? Eles apareceram no segundo tempo. A começar pela lesão do xerife da defesa. Arboleda foi substituído por Ruan. O estepe não foi bem na partida. Ferreirinha cansou. Zubeldia não tinha substituto à altura. Muito menos com a mesma característica. Ele apostou outra vez no lateral Wendell ocupando o espaço de Ferreira. O São Paulo passou a ter uma dobra de laterais esquerdos: Wendell e Enzo Díaz.
Ironicamente, a reação do Alianza foi toda construída em cima da fragilidade do setor esquerdo da retaguarda tricolor. Fernando Gaibor aproveita o espaço deixado pelo São Paulo para encontrar Eryc Castillo no lance do primeiro gol. No segundo, o time peruano vira o jogo da esquerda para a direita até Marco Huaman, novamente nas costas de dois laterais esquerdos, servir Kevin Quevedo. O empate silenciou a incrédula torcida do São Paulo.
Zubeldia usou as armas disponíveis no banco. Além de Ruan e de Wendell, entraram em campo Cédric Soares, André Silva e Matheus Alves. Nenhum deles capaz de empolgar a torcida. Mesmo assim, o São Paulo teve uma última oportunidade de vencer. Calleri acertou o travessão. No fim da partida, o sistema 4-5-1 nada defensivo do Alianza resistiu. Sim, Zubeldia cometeu erros, mas responsabilizá-lo por não fazer omelete sem ovos parece muito cruel.
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