CBF paralisou o futebol em 15 de março. por causa da Covid-19. Foto: Vitor Silva/Botafogo
Se você ainda não entendeu ou dá de ombros para a gravidade da pandemia do novo coronavírus, usarei números dos regulamentos das principais competições de futebol profissional da CBF na tentativa de dimensionar o avanço acelerado do número de mortes causadas pela doença em solo tupiniquim.
Vamos lá…
Sabe a Série A do Campeonato Brasileiro? Cada clube pode inscrever no máximo 40 jogadores na competição. No total, 20 times participam da elite nacional. Logo, o torneio pode ser disputado por até 800 jogadores.
Sabe a Série B do Campeonato Brasileiro? Então, cada clube pode inscrever no máximo 40 jogadores na competição. No total, 20 times participam da segunda divisão do país. Logo, a competição pode ser disputada por até 800 jogadores.
É assim também na Série C. Cada um dos 20 times poderá inscrever até 40 nomes.
Se somarmos os 800 jogadores inscritos na Série A com os 800 da Série B teremos 1.600 atletas.
Sabe quantas pessoas morreram por causa da Covid-19 no Brasil até esta quarta-feira?
Mil setecentas e trinta e seis.
Repito: 1.736.
É mais do que se tivéssemos perdido todos os jogadores possíveis de serem inscritos nas séries A e B do Brasileirão.
Como se o vírus começasse a atacar elencos dos clubes da Série C também.
Ou seja, o equivalente a quase 43 times. As duas principais divisões do país têm 40.
O último censo do departamento de transferências da CBF apontou 22.177 contratos profissionais.
Para se ter uma ideia, o Brasil tem, até 15 de abril deste ano, 28.320 casos de novo coronavírus.
Lamento se todos esses números são incapazes de sensibilizá-lo.
Mais ainda se você insiste em não vestir a camisa contra o adversário invisível.
Dá tempo ainda.
Faça sua parte.
Vá ao ataque jogando em casa.
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