Como as bolas divididas explicam a vitória do São Paulo contra o Alianza

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Ganhar divididas no chão ou pelo alto na bola, sem violência, é um dos indicadores da disposição de um time em uma partida de futebol. O São Paulo foi impecável nesse quesito. Não tirou o pé nem a cabeça das disputas na imponente vitória por 2 x 0 contra o Alianza Lima, no Estádio Alejandro Villanueva, em Lima, no Peru, pela quarta rodada da fase de grupos Libertadores. Os meninos de Cotia fizeram a diferença nos rachas.

O primeiro gol do São Paulo nasce de uma bola dividida pelo alto. O meia Matheus Alves salta mais alto do que o displicente Renzo Garces e dá assistência de cabeça para André Silva finalizar de primeira em um chute cruzado no canto esquerdo do goleiro Viscarra.

Renzo Garces é expulso no segundo tempo porque Lucas Moura ganhou uma dividida, partiu com a bola dominada em direção à área do Alianza Lima e teve de ser parado na marra pelo zagueiro do time peruano. Ele era a última peça defensiva do Alianza.

A vitória é consolidada a partir de uma dividida. Ferraresi ganha no pé de ferro na direita, aciona Bobadilla e este aciona rapidamente Lucas Ferreira. Assim como Matheus Alves na disputa pelo alto no lance do primeiro gol, o menino protege a bola pelo chão na entrada da área, faz o pivô antes de rolar a bola para Luciano e ele serve André Silva. O iluminado da noite novamente balança a rede do Alianza Lima e consolida o triunfo por 2 x 0.

Eu poderia abrir um parágrafo para falar sobre o desempenho do técnico Luis Zubeldia, mas  escrevi o suficiente no empate por 2 x 2 com o Alianza no primeiro turno da fase de grupos, no momento de maior instabilidade dele no cargo. Não preciso repetir (leia abaixo). Assim como o campo, os números falam.

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O São Paulo acumula 12 jogos sem perder desde a eliminação injusta contra o Palmeiras nas semifinais do Paulistão. Acumula 13 exibições de invencibilidade na Libertadores. Doze sob a batuta de Luis Zubeldia: sete vitórias e cinco empates.  Nunca na história do São Paulo, o time venceu três jogos fora de casa na fase de grupos da Libertadores. O torcedor tricolor tem o direito de não gostar do Zubeldia, mas precisa respeitá-lo.

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Marcos Paulo Lima

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