Presença do casal Fabiana e Bernie Ecclestone em Brasília vira trunfo para a nova gestão do autódromo

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“Rezando pra dar certo a nova gestão”.

Assim a brasileira Fabiana Ecclestone, esposa do ex-chefão da Fórmula 1, o britânico Bernie Ecclestone, cumprimentou o Banco de Brasília (BRB) por assumir oficialmente nesta quinta-feira a administração do Autódromo Internacional Nelson Piquet.

O casal esteve hoje em Brasília para prestigiar a passagem de bastão da Terracap para a instituição financeira estatal. O banco assumiu a missão de reformar o circuito do Distrito Federal o mais rapidamente possível para receber a etapa de 20 de novembro da Stock Car, a principal categoria do automobilismo brasileiro. O investimento inicial na reforma é estimado em R$ 60 milhões. As obras terão a parceria da Terracap e do DER-DF. Brasília não hospeda o evento desde 2014, quando Átila Abreu e Thiago Camilo venceram as provas disputadas na capital.

A presença do casal Ecclestone na capital indica o interesse de Brasília e do BRB não somente por corridas nacionais. A ambição é internacional.

Formada em direito e especializada em comércio exterior, Fabiana Ecclestone é vice-presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) para a América do Sul. Casada com Bernie Ecclestone desde 2012, ela é engajada no automobilismo.

Fabiana faz parte da Comissão de Mulheres no Esporte a Motor da  FIA. Uma das missões dela é peitar o machismo e auxiliar pilotos do sexo feminino em diversas categorias pelo mundo. Hoje, ela é uma das executivas mais influentes na parceria com o presidente da entidade máxima do automobilismo, o emiradense Mohammed bin Sulayem.

O casal Ecclestone estava em companhia do presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Giovanni Guerra, e do promotor da F-1 Brasil, Alan Adler, e do tricampeão mundial de Fórmula 1, Nelson Piquet. Todos prestigiaram o início da administração do banco, mas também tinham um  encontro marcado com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha.

Antes de um almoço, a entrada foi a apresentação em um telão com o título: “Bem-vindo a Brasília, a nova capital da velocidade”. Slides ilustraram os planos ousados de deixar o autódromo e o kartódromo dentro das normas Cik-FIA. No futebolês, diríamos Padrão Fifa. Houve apresentação, ainda, de uma planta de como ficaria o autódromo/Arena Multiuso.

A reforma do autódromo é uma promessa de campanha de Ibaneis Rocha. Em curto prazo, o político espera reabri-lo com o circo da Stock Car. Mas a presença do casal Ecclestone e do chefão da CBA revelam uma ambição bem maior dos atores envolvidos na posse do BRB.

O blog apurou que, diante do novo modelo administrativo do autódromo de Brasília, o objetivo imediato é concluir a primeira fase das obras para abrigar a Stock Car e outras categorias. Em um segundo passo, Brasília poderia entrar na rota de competições internacionais. Isso dependeria, óbvio, de obras mais profundas e de entendimentos com gente graúda da FIA. Consequentemente, o casal Ecclestone poderia assumir o protagonismo no papel de padrinhos.

A reportagem apurou que o presidente da CBA, Giovanni Guerra, está empenhando em trazer grandes eventos do automobilismo para o Brasil. A entidade máxima da modalidade no país, inclusive, pleiteia um segundo Grande Prêmio de Fórmula 1. Seria uma espécie de GP South America. Nos bastidores, a avaliação é de que, com a modernização da gestão, o principal autódromo em potencial de desenvolvimento é, atualmente, o Internacional de Brasília BRB Nelson Piquet. O banco estatal também adquiriu os naming rights do autódromo em um modelo semelhante ao celebrado com a Arena BSB no Mané Garrincha.

Fórmula 1 não seria novidade na capital do país. O circo passou por aqui em 3 de fevereiro de 1974, com vitória do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi no GP Presidente Emílio Médici.

Além do casal Ecclestone e do presidente da Giovanni Guerra, havia uma outro personagem importante na caravana que passou por Brasília nesta quinta-feira. O engenheiro Luis Ernesto Morales. Ele é presidente da Comissão Nacional de Circuitos da CBA e membro do órgão equivalente na FIA.

Mais uma prova de que as badaladas visitas não foram meramente protocolares no dia em que Brasília acelerou na tentativa de  sair do ostracismo no calendário do automobilismo.

“Hoje, iniciamos um novo ciclo, com pessoas comprometidas em resgatar o automobilismo brasiliense de verdade. Devolver a toda população os grandes eventos nacionais e internacionais”, escreveu nas redes sociais o presidente da Federação de Automobilismo do Distrito Federal (FADF), Renato Constantino.

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Marcos Paulo Lima

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