51742538228_cabb95d085_c Discutir a relação com Hulk foi um dos grandes acertos de Cuca na temporada. Foto: Pedro Souza/Atlético Discutir a relação com Hulk foi um dos grandes acertos de Cuca na temporada. Foto: Pedro Souza/Atlético

Como o amadurecimento de Cuca transformou a decisão da Copa do Brasil em “final única”

Publicado em Esporte

Alexi Stival, o Cuca, fez trabalho extraordinário no Santos em 2020. Não ganhou nota 10 na final da Libertadores contra o Palmeiras porque não teve inteligência emocional nos minutos que conduziam a decisão para a prorrogação. Ao perder o foco, tirou a concentração do time e viu Breno Lopes decidir aquela partida no Maracanã. A iminente tríplice coroa do Atlético-MG depois da goleada por 4 x 0 contra o xará Athletico-PR neste domingo no primeiro jogo da final da Copa do Brasil, no Mineirão, consolida uma nova versão do técnico. Cuca amadureceu, e o Galo está forte mentalmente por causa dele.

O treinador do Palmeiras costumava deixar rastros por onde passava. Teve atrito com Petkovic na caminhada do Flamengo rumo ao título brasileiro de 2009. Desentendeu-se com Felipe Melo na passagem pelo Palmeiras. Quando a história caminhava para se repetir com Hulk no início da relação com Hulk no Atlético-MG, discutiu a relação com o atacante e o resultado são três títulos – Mineiro, Brasileiro e Copa do Brasil – e uma semifinal da Libertadores. Um ano mágico.

A apoteose deste domingo no Gigante da Pampulha é a síntese de um clube que está leve depois de tirar das costas o fardo de 50 anos sem o título do Brasileirão. Os jogadores do Atlético-MG entraram em campo para se divertir – e entreter – uma plateia que tanto esperou por um temporada como a atual. Até quem não é Galo, mas ama futebol, aprecia sem moderação.

Estamos de acordo que não houve pênalti no lance que abre o placar, mas o Atlético entrou em campo tão focado em vencer que o triunfo seria questão de tempo diante de tamanho desequilíbrio técnico entre os dois times. De um lado, um Galo avassalador. Do outro, um Furacão com a velha proposta limitadíssima do técnico Alberto Valentim.

Como não é todo dia que se encontra um Flamengo arrogante pela frente ou um Renato Gaúcho prepotente, como foi na semifinal da Copa do Brasil, o Athletico-PR foi engolido por um adversário programado para amassá-lo. Em tempos de final única em alta na Champions League e na Libertadores, o Galo também transformou o jogo de ida da decisão da Copa do Brasil em 90 minutos. Os outros 90 serão mero jogo da faixa para reverenciar o time de 2021.

Detalhe: vem aí um baita jogo na final da Supercopa do Brasil para abrir a temporada com chave de ouro. Como o Atlético-MG ganhou o Brasileirão e é praticamente campeão da Copa do Brasil, a vaga para a Supercopa será do Flamengo. É o que diz o regulamento da competição reinventado em 2020 pela Confederação Brasileira de Futebol.

 

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