Um ano depois da badalada assinatura do Programa de Incentivo ao Desenvolvimento do Futebol do Distrito Federal, clubes teoricamente beneficiários do investimento de R$ 6 milhões até 2022, como Brasiliense e Gama, não conseguem ter acesso ao investimento estatal. Os dois times representam a cidade na Série D do Campeonato Brasileiro e o aporte financeiro seria justamente para incentivá-los a subir para a terceira divisão nacional.
Em 23 de julho de 2020, o vice-governador do Distrito Federal, Paco Britto; a então secretária de Esportes, Celina Leão; o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa; o mandatário da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasconcelos; e os dirigentes do Gama, Weber Magalhães, e do Brasiliense, Luiza Estevão, assinaram o convênio no Palácio do Buriti. Trezentos e sessenta e nove dias depois, a grana segue parada no banco.
O blog perguntou ao BRB qual é a razão de Gama e/ou Brasiliense ainda não terem a marca da estatal estampada na camisa, como prevê Programa de Incentivo ao Desenvolvimento do Futebol do Distrito Federal. O banco explicou que, até o momento, nenhum dos clubes da Série D do Brasileirão encaminhou a documentação completa.
A instituição financeira lembrou que, para ter acesso aos recursos, as equipes devem encaminhar proposta de interesse formal ao Banco, contendo habilitação jurídica, regularidade fiscal e trabalhista. Reforçou, ainda, que a documentação exigida é a mesma para todos os patrocínios concedidos pela empresa vinculada ao GDF.
Embora tenham sido transparentes na divulgação do Balanço de 2020 dentro do prazo estabelecido pela Lei Pelé, Brasiliense e Gama têm pendências financeiras. A falta das certidões negativas impede o BRB de liberar o investimento. A diretoria alviverde diz ter apresentado mais de uma vez projeto, mas o banco diz que faltam as certidões.
O presidente do banco, Paulo Henrique Costa, havia alertado sobre os pré-requisitos. “Quando falamos de patrocínio, é importante que a gente tenha retorno de imagem, prestação de contas adequada e profissionalização da gestão. O BRB, como banco público, entende que tem um papel de apoio local, mas precisa ter as contrapartidas adequadas”.
Paulo Henrique Costa acrescentou naquela entrevista ao blog: “Nós somos fiscalizados por um conjunto de órgãos e toda essa decisão é técnica, exposição de marca com o retorno que isso gera. Os clubes vão ter que se organizar com todos os requisitos que são de boa gestão e que a lei nos impõe que a gente (BRB) acompanhe e cobre: prestação de contas, certidão de FGTS, INSS, certidão de regularidade fiscal e por aí vai. Acho que dessa forma todo mundo se ajuda”, recomendou o executivo.
Patrocínios do BRB no primeiro semestre de 2021*
Nenhum dos contratos abaixo são vinculado ao Programa de Incentivo ao Desenvolvimento do Futebol do DF
Valores referentes ao primeiro semestre de 2021 de acordo com os balanços publicados pelo BRB.
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