O Corinthians está nas quartas de final da Libertadores com míseros cinco gols marcados em oito jogos. Um deles contra. E com uma virada nos pênaltis contra o Boca Juniors assinada por Cássio dentro do temido Estádio La Bombonera depois de um duplo 0 x 0 nas oitavas de final. Um roteiro insano possível de ser compreendido apenas por um bando de loucos fiel a esse hospício.
Maior ídolo da história do Corinthians, o goleiro Cássio é a única voz da razão capaz de colocar doidos no divã. Quem tanto fez pelo clube teve a mulher ameaça por marginais nesta temporada. Registrou boletim de ocorrência e certamente repensou se valia a pena continuar no manicômio alvinegro. Quem tanto faz por essa camisa há 10 anos pegou duas cobranças de pênalti e classificou um time mutilado por lesões para as quartas contra Flamengo ou Tolima.
Por falar nos possíveis adversários, há contas a acertar com os dois. Inferior ao Corinthians nas oitavas de 2010, o Flamengo eliminou o time paulista dentro do Pacaembu. Na edição seguinte, o Tolima descambou a trupe de Ronaldo e Roberto Carlos liderada por Tite na Pré-Libertadores. Iluminado, pode escolher contra quem deseja se vingar na próxima fase. Vencer o Boca também teve jeitão de troco. Os argentinos desbancaram o Timão nas oitavas em 2013.
Racionais ao extremo, técnicos europeus descobrem no futebol brasileiro que aqui também se vive de fé. A torcida do Corinthians, então, nem se fala. Frio e calculista, Vítor Pereira escolheu fazer o que era possível. Foi sábio e humilde ao formatar o time no sistema 5-4-1. Em condições normais de temperatura e pressão, o Corinthians seria favorito.
O elenco tem cinco jogadores que disputaram a última Copa do Mundo: Cássio, Fágner, Paulinho, Renato Augusto e Willian. No entanto, somente o goleiro tinha condição de entrar em campo. Não importa. No fim das contas, os anjos da guarda alvinegros sabiam que era tudo o que o Timão necessitaria em 180 minutos, na Neo Química Arena e na Bombonera.
Em Portugal, Vítor Pereira tem fama de ser um técnico calculista. Não gosta de correr riscos. Os times dele costumam ser sólidos na defesa e organizados. Não mostra um futebol atraente e muito menos ofensivo. Com um jeitinho nem sempre compreendido, deixou Jorge Jesus de joelhos na conquista do Porto contra o Benfica no Campeonato Português no jogo do título na temporada 2012/2013. Nesta terça, eliminou o Boca Juniors, segundo time mais vitorioso na história da Libertadores, e apertou a tecla “mute” do controle remoto em La Bombonera.
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