Houve um tempo em que o Brasil fabricava Careca, Romário, Ronaldo, Adriano. Houve uma época em que a Argentina produzia Valdano, Batistuta, Crespo, Higuaín. As duas indústrias continuam formando centroavantes, mas a excelência não é mais a mesma. Adversárias nesta terça-feira pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Catar no Estádio Bicentenário, em San Juan, as maiores potências da América do Sul não têm mais camisas 9 temidos, artilheiros nas cinco principais ligas nacionais do futebol europeu. Falta um parça para o lesionado Neymar, que está fora do clássico de hoje, ou um par perfeito para Messi dentro da área.
Brasil e Argentina são carentes do que não falta a alguns concorrentes. A França irá ao Catar reforçada por Karim Benzema. A Inglaterra conta com Harry Kane. A Bélgica desfruta de Romelu Lukaku. Ameaçado de não ir à Copa, o Uruguai ainda tem dois dos melhores centroavante do mundo, os companheiros Luis Suárez e Edinson Cavani. A Espanha está fechada com Álvaro Morata. O melhor jogador do mundo veste a camisa da Polônia – Robert Lewandowski. Brasil e Argentina apostam em Gabriel Jesus e Lautaro Martínez, porém, a fé neles não é inabalável. As escolhas ainda não estão à altura de Ronaldo ou Batistuta. Se é que estarão algum dia.
Tite gosta de Gabriel Jesus. Porém, o xodó do comandante da Seleção é protagonista de uma contradição. Não marca desde a final da Copa América de 2019. São 12 partidas de jejum com a camisa verde-amarela. Nesse período, fez 41 gols e deu 22 assistências pelo Manchester City. Gabriel Jesus não balançou a rede na Copa da Rússia. Não marcou gol, também, na Copa América deste ano disputada no Brasil. A julgar pelos últimos treinos comandados por Tite em São Paulo, deve começar o clássico de terça-feira no banco para a entrada de Matheus Cunha.
Não há certeza de que o campeão olímpico é o cara para assumir a camisa 9. Particularmente, considero que Pedro tinha potencial para chegar à Copa como titular. No entanto, lesões e o veto do Flamengo à presença dele nos Jogos Olímpicos de Tóquio minaram a candidatura do jogador de 24 anos a essa função. Matheus Cunha assumiu a dianteira. Pedro dificilmente vai figurar na lista final para o Mundial do Catar. Nem mesmo Gabigol caiu nas graças do Tite.
A Argentina não tem mais um Batistuta ou Crespo, mas o técnico Lionel Scaloni está convicto na escolha por Lautaro Martínez da Internazionale, companheiro do centroavante bósnio Edin Dzeko na Internazionel. Em último caso, o comandante alviceleste pode até mesmo usar o jogador eleito seis vezes melhor do mundo Lionel Messi improvisado no setor. Há, ainda, jogadores de lado capazes de assumir a função, como Dybala, Corrêa e Julián Álvarez.
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