Calculamos o impacto da isenção do pagamento das taxas de registros e transferências da CBF no orçamento de times como os do Distrito Federal

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A decisão da CBF de isentar todos os clubes do pagamento das taxas de registro, contrato e transferências de jogadores em meio ao período de paralisação do esporte mais popular do país devido à pandemia do novo coronavírus tem impacto direto no orçamento de times deficitários do país. O futebol do Distrito Federal, por exemplo, é um dos beneficiados.

A convite do blog, o diretor do departamento de registro e transferências da Federação de Futebol do Distrito Federal, Pedro Masseno, o Pedrinho, calculou hipoteticamente quanto custaria a um clube da cidade os trâmites burocráticos para a regularização de um jogador não profissional, ou seja, contratá-lo, profissionalizá-lo e colocá-lo disponível para entrar em campo. O valor pode chegar a R$ 1.275 por atleta de acordo com os cálculos do especialista.

Vamos ao exemplo…

Digamos que um clube do Distrito Federal contrate um jogador vinculado à Federação Goiana de Futebol. “Ele teria de pagar R$ 750 para a federação de origem de origem do atleta relativo à transferência”, explica Pedrinho.

Calma, o jogador em questão ainda não estaria regulamentado.

“O clube pagaria mais R$ 385 para a CBF pela transferência, mais R$ 110 referente ao contrato de jogador profissional”, acrescenta o profissional da FFDF.

Ainda não acabou. “Há mais uma taxa da Federação das Associações de Atletas Profissionais (FAAP). Suponhamos que o clube faça um contrato de quatro meses com o atleta. Ele pagaria um boleto de R$ 25 a R$ 30”, esclarece Pedrinho.

No fim das contas, o contrato de apenas um jogador custaria ao deficitário clube da capital R$ 1.275. “No caso de o atleta já ser profissional, considerando uma transferência entre federação e clube, os custos somariam em torno de R$ 1.640”, acrescenta Pedrinho.

“Botando isso para um clube de pequeno porte, como é aqui no Distrito Federal, a CBF tomou uma decisão muito importante. É uma despesa muito grande para clubes que não têm recursos neste tempo de crise. Há clareza do que é fazer esporte num país tão apaixonado por futebol como o nosso”, opina o funcionário.

Segundo nota divulgada pela CBF, “a determinação tem validade a partir desta sexta-feira (3/4), por tempo indeterminado”. A entidade projeta economia de R$ 1,3 milhão por mês aos clubes brasileiros. Acrescenta, ainda, que a medida inclui isenção de valores relativos à registro de contratos definitivos, de contratos de empréstimo, de renovação, prorrogação ou rescisão contratual, além das transferências de atletas.

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Marcos Paulo Lima

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