Brasil x Argentina: Brasília ganha mais força para receber o clássico

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Belém — Como publicou o blog em 7 de agosto, Brasília é favorita a receber o clássico Brasil x Argentina, em novembro, pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo. A única concorrente da capital é fortíssima: São Paulo. O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, esteve no treino desta tarde no Estádio Mangueirão, em Belém. As opções da entidade são essas duas cidades. A Arena da Amazônia (Manaus) e a Arena Pernambuco (São Lourenço da Mata) também foram cogitadas nos bastidores, porém a disputa acirrada no momento se restringe a Brasília e São Paulo. Manaus receberá a Seleção em 2024. Além da estreia contra a Bolívia, na capital paraense, a CBF confirmou a realização do duelo de outubro contra a Venezuela na Arena Pantanal, em Cuiabá.

Ednaldo Rodrigues pretendia realizar o superclássico na capital paulista para colocar um ponto final naquele Clássico da Anvisa, a partida que não terminou em 2021. Pesam a favor de Brasília a baixa quantidade de jogos oficiais na temporada e a capacidade do estádio — o segundo maior do país, atrás apenas do Maracanã.

O Mané Garrincha recebe, hoje, 72.788 pagantes. A Fifa e a Conmebol estão atentas à crise nos campos de jogo no futebol brasileiro e querem o melhor piso possível para o maior clássico do mundo. Cogita-se, inclusive, a interrupção de partidas no estádio escolhido duas semanas antes da realização do duelo pelas Eliminatórias para a Copa de 2026.

Durante a primeira parte do treino desta sexta-feira aqui em Belém, Ednaldo Rodrigues mostrou satisfação com a opção por Belém, no Pará, devido ao calor humano da torcida na relação com os jogadores. O dirigente reforçou o desejo de descentralizar os mandos de campo. “Havia uma empresa que tinha os direitos de comercializar os jogos durante 10 anos, esse contrato foi interrompido, e a própria CBF é quem cuida dessas partidas. A gente vai sempre priorizar o Brasil sempre que possível”, afirmou.

A Arena BRB Mané Garrincha foi vistoriada recentemente e passa por uma troca do gramado na área norte a pedido dos inspetores. Não está descartada, inclusive, a possibilidade de troca total do tapete para receber o eventual duelo entre Neymar e Messi.

O blog apurou que o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, enviou documento formal ao presidente da CBF solicitando a realização da partida e se mostrou à disposição para todos os esforços. O plano é fazer a cidade bombar em 10 dias com as presenças de Neymar, Messi e o “grand finale” no fim do mês de novembro com show de Paul McCartney na arena candanga.

A pressão de São Paulo para que o jogo seja lá diz respeito, principalmente, ao “Clássico da Anvisa” de 5 de setembro de 2021. Há dois anos, jogadores da Argentina entraram no país driblando normas sanitárias no auge da pandemia da covid-19. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária invadiu o campo e interrompeu o duelo disputado na Neo Química Arena, a casa do Corinthians. A Fifa cancelou a partida. Em pé de guerra, a CBF e a AFA foram multadas.

Brasília não recebe partida válida pelas Eliminatórias desde 4 de setembro de 2005. À época, a Seleção de Carlos Alberto Parreira goleou o Chile por 5 x 0 com show de Adriano. O Imperador fez três gols no velho Mané Garrincha. Juan e Robinho completaram o placar.

Em 2022, Brasília havia sido apresentada como alternativa para a realização do “Clássico da Anvisa”, mas faltava o parecer da Fifa sobre o imbróglio. Em vez de remarcar, a entidade castigou as duas filiadas financeiramente. A CBF tomou prejuízo de R$ 1,6 milhão. a AFA desembolsou R$ 812 mil. As duas federações apelaram à Corte Arbitral do Esporte (CAS) para ter os pontos da partida, mas diante da decisão da Fifa, ambas fizeram acordo e encerraram os processos.

Palco da despedida da Seleção feminina contra o Chile antes do embarque para a Copa do Mundo Feminina no mês passado, o Mané Garrincha recebeu o time masculino pela última vez em 13 de junho de 2021 na abertura da Copa América. O Brasil derrotou a Venezuela por 3 x 0. No mesmo ano, a Argentina eliminou a Colômbia nos pênaltis no Mané Garrincha.

*Colaborou Wellington Campos, da Rádio Tupi, empresa do Grupo Diários Associados

Marcos Paulo Lima

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