O gol, Eduardo e a torcida: a vitamina do líder disparado Botafogo. Foto: Vitor Santos/Botafogo
Uma das virtudes do Botafogo é não ser totalmente dependente de Tiquinho Soares. O camisa 9 não faz gol há cinco jogos – três deles pelo Campeonato Brasileiro. O time não sofre por causa disso. Age conforme o hino. Produz heróis em cada jogo. Luis Henrique e Carlos Alberto no triunfo contra o Vasco. Eduardo e novamente Carlos Alberto diante do Grêmio. Eduardo e Di Plácido neste sábado no duelo com o Red Bull Bragantino na abertura da 15ª rodada do Brasileirão.
O sistema de jogo alvinegro não é refém do ataque. Se a comissão de frente não resolve, o meio de campo assume a responsabilidade. O volante Tchê Tchê participou dos lances dos dois gols. Em ambos explorou vacilos do zagueiro Natan e do goleiro Cleiton. O maestro Eduardo aproveitou para abrir o placar. Di Plácido ampliou com um chute cruzado belíssimo.
Além de Tchê Tchê e de Eduardo, o meio de campo conta com o incansável Marlon Freitas. Quase onipresente, o volante se desloca por todas as partes do campo. Supre as carências quando elas aparecem durante a partida. Oferece soluções ao ataque. Foi assim na bela vitória de hoje e na anterior contra o Grêmio, na Arena, em Porto Alegre.
A fase é ótima. O Glorioso perdeu o lateral-direito Rafael e vê o substituto quebrar o próprio jejum. Di Plácido não balançava a rede desde 24 de setembro do ano passado. Marcou pelo Lanús na vitória por 2 x 0 contra o San Lorenzo pelo Campeonato Argentino. Quem entra sabe exatamente a função de quem saiu e executa direitinho a missão. Di Plácido foi além. O argentino de 29 anos tem cinco gols na carreira. Dois pelo All Boys, dois no Lanús e, agora, um com a camisa do Botafogo.
O padrão de excelência inclui a comissão técnica. A saída de Luís Castro não tirou o time dos trilhos da estação Engenho de Dentro, próxima do estádio Nilton Santos. A locomotiva não descarrilou sob o comando do maquinista provisório Cláudio Caçapa. A transição para Bruno Lage acumula quatro vitórias. O interino não sofreu gol contra Vasco, Grêmio e Red Bull Bragantino pelo Campeonato Brasileiro; e no duelo de ida com o Patronato pela repescagem da Copa Sul-Americana. Cláudio Caçapa deixou o campo celebrado pelos jogadores. Ovacionado pela torcida. Ele provavelmente comandará o Botafogo no duelo de volta contra o Patronato durante a semana.
A campanha alvinegra é a melhor da era dos pontos corridos com 20 clubes até a 15ª rodada. Os 39 pontos deixam aquele Corinthians de 2017 do Fabio Carille para trás. O Botafogo caminha para conquistar o título simbólico do primeiro turno. O melhor desempenho até a primeira metade é o segundo lugar na virada do turno de 2007. O São Paulo liderava com 40 contra 33 do time de General Severiano. São 39 em 15 partidas nesta edição do Brasileirão. Treze à frente do Flamengo, que terá uma missão duríssima contra o Fluminense no clássico deste domingo.
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