Botafogo 4 x 1 Flamengo: três lances mostram a força do divã alvinegro

Compartilhe

A inquestionável goleada do Botafogo contra o Flamengo por 4 x 1, no estádio Nilton Santos, pela 23ª rodada do Campeonato Brasileiro, é resultado da imposição técnica, física, tática, coletiva, mas, principalmente, mental do time alvinegro. Três momentos da partida deixam claro: o elenco aprendeu a lidar com os próprios fantasmas. Amadureceu. Os remanescentes e os recém-contratados estão fortes psicologicamente. Ao contrário do segundo semestre do ano passado, o time não se prostra diante das dificuldades. O gol de empate marcado pelo carrasco Bruno Henrique, o gesto do chororô e o pênalti defendido pelo goleiro Rossi mantiveram a convicção inabalável no triunfo.

O Botafogo saiu na frente no placar com o gol do lateral-direito Mateo Ponte aproveitando a fragilidade do Flamengo na marcação de cobranças de faltas e de escanteios. A empolgação do gol no início da partida poderia ter virado pânico quando o velho carrasco Bruno Henrique empatou a partida com um golaço e provocou com gesto de “chororô”.  A derrocada em 2023 começou justamente em uma virada do Flamengo liderada por Bruno Henrique dentro do Engenhão. Dali em diante, o então líder disparado desandou.

Em vez de cair na pilha do atacante rubro-negro, o Botafogo continuou jogando muita bola para mostrar quem riria por último no clássico. Igor Jesus fez 2 x 1 para o Botafogo. Luiz Henrique era um “cavalo” na ponta direita. Passava por cima de Ayrton Lucas. Sofreu pênalti do lateral. Thiago Almada bateu e o goleiro Rossi defendeu.

No ano passado, um erro grave como o de Almada deixaria o Botafogo destrambelhado e daria munição para o adversário reagir. Só que não. Em mais uma prova de que a mentalidade mudou — e o time está curado dos traumas do passado — é a manutenção das rédeas da partida. Matheus Martins entra. Faz o terceiro e o quarto gols. Não foi mais porque o goleiro Rossi falhou, sim, em alguns lances, mas operou milagres e evitou o pior.

O técnico Arthur Jorge desembarcou em General Severiano ciente do que o Botafogo havia feito no verão passado e prometeu colocar o Botafogo no divã. “Os fantasmas existiam, não tenho problema de falar sobre isso. Tenho que me resguardar nessa posição porque parece que eu tenho que me referir ao meu trabalho e ao que eu controlo desde a minha chegada. Mas, de fato, é uma situação que não é comum em nível mundial em termos de desempenho ao longo do campeonato”, observou o treinador.

Arthur Jorge constatou à época: “Isso é um fator que houve. Até uma altura, se podia controlar, mas depois que termina o campeonato não se pode controlar mais. É um passado que não se altera. Eu quis passar a mensagem de não olharmos para o passado, mas não desconhecer o que aconteceu e dar foco à história que podemos escrever”.

Twitter: @marcospaulolima

Instagram: @marcospaulolimadf

TikTok: @marcospaulolimadf

Marcos Paulo Lima

Posts recentes

  • Esporte

Técnica brasiliense Camilla Orlando ganha Candangão e Paulistão em 11 meses

Menos de um ano depois de levar o Real Brasília ao título do Campeonato Feminino…

17 horas atrás
  • Esporte

A fartura de talento da França e a precisão na “bola parada” contra a Itália

Atual vice-campeã mundial, a França é uma seleção sempre pronta para competir, mas não necessariamente…

3 dias atrás
  • Esporte

Santos volta com taça do purgatório pelo qual passaram potências europeias

O Santos não deve se ufanar de ter conquistado a Série B do Campeonato Brasileiro,…

5 dias atrás
  • Esporte

Candangão 2025 terá “boom” de sociedades anônimas do futebol na elite

O Candangão terá um boom de SAF’s em 2025. Dos 10 clubes candidatos ao título…

5 dias atrás
  • Esporte

Pacote do GDF prevê R$ 2,3 milhões para obras no gramado de 4 estádios

No que depender do investimento do Governo do Distrito Federal (GDF) na manutenção dos gramados…

6 dias atrás
  • Esporte

Venezuela 1 x 1 Brasil: a melhor notícia é o cobrador de falta Raphinha

A melhor notícia do empate do Brasil por 1 x 1 com a Venezuela é…

7 dias atrás