52130948885_dd066835e6_c Figueiredo, de 20 anos, fez gol de falta e deu assistência para Nenê. Foto: Daniel Ramalho/CRVG Figueiredo, de 20 anos, fez gol de falta e deu assistência para Nenê. Foto: Daniel Ramalho/CRVG

Base do Vasco engole Náutico e pilha a torcida para o clássico de domingo contra o Cruzeiro, no Maracanã

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Vasco e Cruzeiro não criavam um clima de jogão entre eles desde os dois duelos pela fase de grupos da Libertadores de 2018. Os dois clubes estavam em outro patamar naquela época. O time mineiro ostentava o título da Copa do Brasil. O Gigante da Colina voltava a disputar o torneio continental depois de seis anos. Pois vem aí uma bela partida no domingo!

Com a vitória desta terça contra o Náutico por 3 x 2, no Recife, o Vasco dorme em segundo lugar na classificação da Série B do Campeonato Brasileiro. Está quatro pontos atrás do líder Cruzeiro, mas a Raposa entrará em campo nesta quarta no encerramento da 11ª rodada. A equipe cruzmaltina ainda pode ser ultrapassada por Bahia ou Sport. Os  protagonistas do clássico nordestino também se enfrentarão amanhã, na Arena Fonte Nova. 

Com ou sem técnico depois da saída do pedido de demissão de Zé Ricardo, o Vasco chegará forte ao duelo contra o Cruzeiro, no domingo, às 16h, no Maracanã. O entusiasmo do time e da torcida tem a ver com o excelente desempenho das joias da base. A vitória tranquila tem a ver com o desempenho individual de pelo menos três deles no Arruda. 

Aos 20 anos, Figueiredo veste a camisa profissional do Vasco como se ainda estivesse usando a da base. Joga livre, leve e solto. Tem personalidade para arriscar os lances que a torcida conhece das categorias inferiores. As cobranças de falta, principalmente. Assim como no triunfo contra o Bahia, o atacante disparou míssil do meio da rua para fazer 1 x 0. 

Figueiredo tem dois gols e duas assistências na Série B. Começa a brilhar como na Copa São Paulo de Futebol Júnior deste ano, quando marcou oito gols e deu uma assistência. O duelo de domingo com casa cheia, no Maracanã, contra um adversário bem mais qualificado, será um teste importante para o amadurecimento do diamante cruzmaltino.  

O segundo gol partiu de uma outra joia da base. O volante Andrey Santos, 18, balançou a rede pela primeira vez com a camisa profissional porque se impôs o desafio de colocar o pé dentro da área do Náutico. Partiu com a bola dominada, chamou Nenê para a tabela, recebeu a de volta e finalizou com a frieza de um um atacante. Um gol merecidíssimo. 

Com o dobro da idade de Figueiredo e de Andrey Santos, tio Nenê ganhou um presente dos dois “sobrinhos” no fim da partida. Foi de Andrey o passe para Figueiredo dar assistência para o meia de 40 anos consolidar o triunfo do Vasco, no Arruda. O Náutico ameaçou estragar a noite do goleiro Thiago Rodrigues ao quebrar a invencibilidade de cinco jogos da muralha cruzmaltina, mas era tarde demais. Os moleques deitaram e rolaram numa noite em que Gabriel Pec, a mais discreta das joias da base, também colaborou discretamente com a quinta vitória em 11 exibições nesta edição da Série B. 

O desafio da diretoria em parceria com a 777 Partners é encontrar um técnico minimamente capaz de tocar o legado de Zé Ricardo. Um profissional sem espírito de prefeito de cidade do interior, ou seja, que chegue querendo mudar tudo para deixar sua marca. O Vasco parece ter se encontrado e não precisa de nada além de uma vaga para a Série A.

 

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