Atlético-MG ativa modo hibernar e arrisca repetir o fastio dos dois campeões que o antecederam

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O Atlético-MG começa a sentir a ressaca tardia que minou dois dos últimos três campeões vigentes do Campeonato Brasileiro. O Palmeiras havia feito uma temporada extraordinária em 2018 sob o comando de Luiz Felipe Scolari, liderou parte da maratona pelo título na edição de 2019 e desandou. O Flamengo arrancou rumo ao título sob o comando de Jorge Jesus e viveu período de depressão na campanha de 2020. Saiu do modo hibernar nas últimas rodadas e conquistou o título pelo segundo ano consecutivo. A fórmula não se repetiu em 2021. O time carioca até perseguiu o líder, porém o Galo tornou-se inalcançável.

Atual campeão, o Atlético-MG começa a sentir a ressaca tardia de um ano excepcional marcado pelo triplete no Campeonato Mineiro, Copa do Brasil e Campeonato Carioca. São quatro partidas consecutivas sem vencer e uma total desconexão do legado de Cuca. O aparente processo de continuidade na chegada de Antonio “Turco” Mohamed ao cargo foi se enfraquecendo em seis meses de trabalho e parece ter atingido o nível mais crítico.

O Galo ativou o modo hibernar. O aproveitamento despencou a 50% no Brasileirão. São quatro partidas consecutivas sem vencer contra Palmeiras, Fluminense, Santos e Ceará. Uma derrota e três empates. Antes da partida na Arena Castelão, o diretor de futebol teve de sustentar publicamente em uma entrevista coletiva a sequência do trabalho do Turco.

O Galo criou oportunidades com Rubens, Nacho Fernández e Hulk, mas não conseguiu ser o rolo compressor do ano passado com 67 gols na campanha do título. Guilherme Arana e Vargas também desperdiçaram oportunidades. O goleiro Everson precisou intervir algumas vezes para impedir a derrota contra o Ceará.

Assim como os históricos Palmeiras de 2018 e o Flamengo do bicampeonato de 2019 e 2020, o Galo passa por uma zona de turbulência. Resta saber se a instabilidade será longa e duradoura ou passageira. Nada como um clássico contra o Flamengo, domingo, no Mineirão, para tirar o pé da lama ou afundar de vez na areia movediça da crise.

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Marcos Paulo Lima

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