Até que ponto poupar os titulares no estadual tem ajudado o Athletico a empilhar títulos como a Copa do Brasil e a Sul-Americana no segundo semestre?

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O Athletico tem uma ideia fixa na cabeça desde 2013: poupar o time principal da disputa do Campeonato Paranaense, usar o sub-23 no estadual, priorizar a pré-temporada dos marmanjos e chegar ao período mais crítico do calendário, ou seja, o segundo semestre, cheio de energia.

Campeão da Copa do Brasil na noite desta quarta-feira ao vencer o Internacional por 2 x 1 no Beira-Rio (3 x 1 no placar agregado), o Furacão acumula 53 jogos oficiais em 2019, mas abriu mão de 15 partidas do Campeonato Paranaense. A tropa de elite liderada por Tiago Nunes não participou da campanha do título doméstico comandada pelo treinador Rafael Guanaes. Dos 14 jogadores que entraram em campo contra o Colorado em Porto Alegre, apenas um estava em campo na decisão do estadual diante do Toledo: o versátil Khellven.

Correta ou não, a estratégia começa a dar resultados. O Athletico teve gás para conquistar a Copa Sul-Americana no ano passado contra o Junior Barranquilla. Era a 74ª partida da temporada 2018. No entanto, o time principal havia sido poupado em 16 jogos do estadual. O Furacão teve intensidade nos dois duelos contra o Inter na final da Copa do Brasil e conquistou o título inédito depois de passar por Fortaleza (oitavas), Flamengo (quartas) e Grêmio (semi). São dois títulos inéditos em nove meses para a galeria rubro-negra.

Há quem reduza a revolução do Athletico-PR ao gramado sintético da Arena da Baixada; ao olhar clínico para pinçar jovens com perfil de veterano como o meia Bruno Guimarães; à capacidade do clube de formar talentos como Marcelo Cirino (que drible!) ou Renan Lodi (que partida na Champions League contra a Juventus!); à estrutura do clube, usada pela Seleção Brasileira no período de aclimatação para a Copa da África do Sul; à sorte de encontrar treinadores promissores como Tiago Nunes..

São ótimos argumentos. Porém, o debate pode passar também pelas opções do Athletico. Até que ponto abrir mão do estadual tem fortalecido o Furacão? Títulos em série nem sempre são as melhores respostas, mas 15 ou 16 jogos oficiais a menos para o time principal pode estar fazendo a diferença na hora de peitar gigantes do Brasil e da América — como foi neste ano contra Boca Juniors e River Plate.

Polêmicas à parte, o Athletico-PR subiu de patamar no século. Começou ganhando Brasileirão (2001), vice (2004), finalista da Libertadores (2005), vice da Copa do Brasil (2013), campeão da Sul-Americana (2018) e da Copa do Brasil (2019). Em 1995, o Furacão era campeão da Série B. Vinte e quatro anos depois, é um dos grandes clubes do futebol brasileiro. Tem que respeitar.

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Marcos Paulo Lima

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