O alviverde imponente protagonizou uma noite europeia em São Paulo nesta quinta-feira. A virada em sete minutos do Palmeiras contra o Atlético-GO lembrou a segurança de times de ponta do Velho Continente em reviravoltas épicas no placar na última temporada. O Real Madrid ressurgiu das cinzas contra Paris Saint-Germain, Chelsea e Manchester City no mata-mata da Champions League. O próprio City, de Pep Guardiola, perdia em casa por 2 x 0 para o Aston Villa na partida que definia o título da Premier League, e reagiu em cinco minutos para vencer por 3 x 2.
Bom da cabeça e dos pés, o Palmeiras perdia por 1 x 0 para o Atlético-GO até os 41 minutos e seis segundos do primeiro tempo. Aos 48 e 46 segundos vencia por 4 x 1! Sofreu o segundo gol na etapa final, mas não foi não abalou a cabeça fria e o coração quente de Abel Ferreira. Guardadas as devidas proporções, o Palmeiras lembrou times europeus de ponta convictos de que, a qualquer momento, podem colocar a bola embaixo do braço e resolver uma partida na base do abafa ou da imponência mesmo, simplesmente jogando futebol.
Tempo de trabalho dá segurança ao técnico para ousar, arriscar uma reinvenção. Na escalação desta quinta-feira, Abel Ferreira não usou lateral-direito de ofício. Gustavo Gómez assumiu esse papel. Luan, Murinho e Piquerez completaram a linha defensiva. No meio de campo, a ausência de Raphael Veiga não fez tanta falta graças ao trio de armadores Dudu, Gustavo Scarpa e Gabriel Veron, com Rony à frente dos três articuladores no papel de falso camisa 9.
Mesmo fora de posição, Gustavo Gómez balançou a rede duas vezes. Gabriel Verón deu duas assistências para gols de Zé Rafael e Gustavo Scarpa. Tudo funcionando como planejado contra adversários reativos, ofensivos, de grande e pequeno investimento. A fase de laboratório do Palmeiras passou. Abel Ferreira tem antídoto para todos os tipos de adversários e propostas de jogo. Quando não se impõe com bola rolando, as faltas e escanteios ensaiadas são um tormento para as defesas.
A versão 2022 do Palmeiras é menos ansiosa, paciente e impiedosa. Antigamente, a torcida ficava na expectativa de fazer ou sofrer o primeiro gol. Quando o time saía atrás, tinha muita dificuldade para reagir e sair de campo com um bom resultado. Quando marcava primeiro, segurava o placar e domava o adversário. Agora é diferente. Quando o alviverde abre a porteira, faz questão de marcar o segundo, terceiro, quarto, quinto…
O Palmeiras campeão do Paulistão e da Recopa Sul-Americana neste ano está pronto para novas títulos. Lidera o Brasileirão com três pontos de vantagem sobre o Corinthians, a sete do Atlético-MG e a 10 do Flamengo. Tem um adversário acessível nas oitavas de final da Libertadores, o paraguaio Cerro Porteño. Problemas, mesmo, só deve ter no clássico contra o São Paulo na Copa do Brasil. O time ganhará tudo? Por que não? Tudo é possível aos torcedores de muita fé.
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