A aula de “toco y me voy” de Marcelo no golaço do Flu contra o Alianza

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O convite de Marcelo para um toco y me voy, uma tabelinha, demanda inteligência. O sarrafo do lateral-esquerdo é mais alto. No nível de quem fez duetos com Cristiano Ronaldo, Benzema, Gareth Bale e tantos outros galácticos no Real Madrid. A repetição dos movimentos no dinizismo fez com que John Kennedy e Germán Cano entendessem a construção da jogada de um dos gols mais bonitos da fase de grupos da Copa Libertadores da América nesta temporada.

Muito acima da média, Marcelo arrasta marcadores e faz tabelas com os dois centroavantes do Fluminense. Toca e recebe de volta de John Kennedy. Toca e recebe de volta de Cano antes do chute impecável de perna esquerda na vitória por 3 x 2 contra o Alianza Lima do Peru, no Maracanã, na despedida do atual campeão da fase de grupos. Primeiro colocado, o Fluminense aguarda o sorteio dos duelos das oitavas de final na próxima segunda-feira.

Marcelo pensa algumas frações de segundo na frente dos companheiros. Quando ele parte em diagonal rompendo a defesa do Alianza, o lateral sabe exatamente como a jogada vai terminar. Está na cara dele ao receber cada passe de volta na trama com os dois pivôs. A comemoração do gol em êxtase é apenas a confirmação do que ele havia rascunhado.

O craque havia sido decisivo contra o Colo-Colo com uma finalização impecável de perna direita, em Santiago, no Chile. Nesta quarta-feira, voltou a bater no peito e a atrair a responsabilidade em duelo difícil contra o adversário peruano. Os atuais campeões foram colocados nas cordas, porém souberam sair delas e nocautear o adversário no Maracanã.

John Kennedy foi fundamental para a vitória. O protagonista do gol do título inédito na final da Libertadores no ano passado havia sido afastado do elenco por causa de indisciplina. Ao que tudo indica, o psicólogo Fernando Diniz conseguiu reorganizar as ideias do pupilo. O menino de Xerém comandou a importantíssima virada do time carioca.

O campeão vigente da Libertadores não é eliminado na fase de grupos desde o Atlético Nacional na temporada de 2017. O Fluminense não quebraria esse tabu. Muito pelo contrário. Está garantido entre os 16 melhores para continuar defendendo o título conquistado no ano passado contra o Boca Juniors. O sonho de ir a Buenos Aires em busca do bicampeonato está vivo com as assinaturas de Keno, Marcelo e Kennedy.

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Marcos Paulo Lima

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