10 pitacos sobre futebol candango, brasileiro e internacional no fim de semana da bola

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  1. Base aliada

Mais da metade do elenco do Fluminense, um dos líderes do Campeonato Brasileiro, é formado em casa. Resultado: o tricolor é o terceiro time mais jovem desta Série A, com 24 anos e cincos meses. Dos 34 jogadores do elenco principal, 18 surgiram em Xerém. Impressionante como o tricolor das Laranjeiras consegue provar, principalmente neste início de ano, que há vida, sim, sem a Unimed de Celso Barros. Que exibição no Independência diante dos medalhões do Galo. E driblando até o apito inimigo. O time de Abel Braga fez o que o primo rico Flamengo não conseguiu em casa contra o mesmo Atlético-MG na estreia: se impor. Gostei muito das exibições de Nogueira e de Wendel, dois dos pratas da casa protagonistas do time mais promissor do Brasil em 2017. Falei no início do ano na redação que esse time do Fluminense promete. Ah, mas o Abel perdeu o Carioca. Azar do Estadual!

  1. Paraguaio puro-sangue

Em cinco meses no Grêmio, Lucas Barrios tem quase o mesmo número de gols da passagem pelo Palmeiras. O paraguaio é um dos responsáveis pela boa arrancada do Grêmio neste Brasileirão. São 11 gols em 17 jogos no ano, o último deles na vitória sobre o Atlético-PR. No Verdão, Barrios balançou a rede 13 vezes. Está provado que o atacante é puro-sangue. E o Luan, hein? Sei não, é tão bom que acho difícil ficar no país depois da janela de transferências do meio do ano. O destino é a Europa. Estranho, mesmo, é o Tite não tê-lo chamado (ainda). Sobre a liderança do Grêmio, vamos com calma. No ano passado foi assim também. Grêmio e Inter chegaram a liderar a Série A juntinhos. E o Internacional está na Série B. É cedo.

  1. Não fez mais que a obrigação

Depois do vexame na Libertadores, Zé Antônio sabe que não tem o direito de perder duas vezes seguidas para o Atlético-GO. A primeira parte da missão foi cumprida no sábado, ao golear o candidato ao rebaixamento por 3 x 0, pelo Campeonato Brasileiro. A segunda parte da tarefa é eliminar o Dragão da Copa do Brasil nesta quarta-feira. Do contrário, Zé pode ganhar um “perdido” da diretoria. Duas eliminações em dois torneios em uma semana pode ser o início do fim de um bom trabalho até aqui. Vou dar um toque para a torcida rubro-negra: faça uma prece todos os dias a Papai do Céu para que Paolo Guerrero termine o ano na Gávea. Se o peruano for embora para a China, vai ser difícil aturar Leandro Damião. Aliás, perguntar não ofende: por que raios o Zé Ricardo não colocou Ederson em campo contra o San Lorenzo na quarta-feira? E por que raios Leandro Damião — e não Felipe Vizeu — é reserva do Guerrero?

  1. Por falar nos cariocas…

… Os quatro grandes não venciam juntos em uma mesma rodada desde a sétima de 2012. Além do Flamengo e do Fluminense, Vasco e Botafogo também triunfaram. Sobre o Vasco, recomendo uma análise à parte que fiz, em 22 de abril, sobre o futuro do time de Milton Mendes depois da eliminação da Taça Rio. Parabéns ao Luis Fabiano pelo gol 400. E aos torcedores pela bela festa em São Januário. Se o time conseguir transformar sua casa em alçapão, como nos velhos tempos, conseguirá, sim, afastar o temor do quarto rebaixamento. Quanto ao Botafogo, Jair Ventura continua tirando leite de pedra com um elenco reduzido e limitado tecnicamente. É uma das grandes revelações.

  1. Titebilidade

Fabio Carille ainda não tem bala na agulha para ser o Tite de 2015. Conhecedor das suas limitações, clona o Tite campeão brasileiro de 2011, aquele do título brasileiro na base de um golzinho de diferença. Copia também a organização tática, o pragmatismo, a repetição de lances como aquele que decidiu três pontos ao Corinthians contra o Vitória, com um gol do renascido centroavante Jô. Diga-se de passagem, uma aposta pessoal do presidente Roberto Andrade. A regularidade é um dos trunfos do Timão, que só perdeu uma vez fora neste ano.

  1. Nordeste em alerta

Os representantes do Nordeste neste Brasileirão disputaram seis partidas nesta edição da Série A e venceram apenas uma, naquele atípico 6 x 2 do Bahia contra o Atlético-PR. Vitória e Sport continuam sem faturar três pontos. Início preocupante de três clubes que enchem seus estádios. Falando especificamente do empate do Sport com o Cruzeiro, na Ilha do Retiro, que partida fizeram os goleiros Fábio e Magrão, dois veteranos na arte de impedir gols. No sábado, outro goleiro pegou muito: Vanderlei, do Santos, na vitória do Peixe sobre o Coritiba.

  1. Vermelhos de raiva

Totalmente compreensível a indignação do torcedor colorado com o empate em casa diante do ABC. Como se não bastasse o jogo ser uma mancha no currículo do Beira-Rio — a primeira partida em casa pela Série B — o time afinou ao empatar por 1 x 1. Nem William Pottker conseguiu depositar três pontos na conta. Vamos ver até quando Antônio Carlos Zago resistirá vivendo perigosamente no cargo. Como em jogos de videogame, ele já gastou uma vida ao perder o título do Campeonato Gaúcho para o Novo Hamburgo. Agora, é quarto colocado em duas rodadas da Série B. Está entregando muito pouco com o bom material que tem.

  1. Gato de botas

Que conto vive o artilheiro de estimação do Ceilândia! 16 gols no ano. O goleador do Campeonato Candango deste ano, com 13 gols, não para de balançar a rede. Fez dois na Copa Verde, um na Série D do Brasileiro e tem 16 na temporada. Belo desempenho. Foi dele a bola na rede na vitória do Ceilândia sobre o Anápolis na estreia do DF na Série D do Campeonato Brasileiro, no Abadião. Boa arrancada, principalmente por causa da vitória do Comercial-MS, líder da chave nos critérios de desempate, sobre o Sinop. Que o Luziânia/Real tenha a mesma sorte nesta segunda-feira, às 19h30, contra o Aparecidense.

  1. Simplesmente Zidane!

Pra quem começou um dia desses na profissão de técnico de futebol — estreou em 9 de janeiro de 2016 —, o currículo de Zinedine Zidane é fraquinho, hein… E comandando astros como Sergio Ramos, Marcelo, Kroos, Modric, Gareth Bale, Benzema e… Cristiano Ronaldo! Pelo Real Madrid, faltam apenas dois títulos: Supercopa da Espanha e Copa do Rei.

4 títulos em 17 meses

Champions League (2015/2016)

Supercopa da Uefa (2016)

Mundial de Clubes da Fifa (2016)

Campeonato Espanhol (2016/2017)

  1. Velha Senhora. E o velho (senhor) dos troféus

Seis títulos italianos consecutivos desde a temporada de 2011/2012, três conquistas da Copa da Itália e duas finais de Champions League. Que Juventus é essa, hein! Acaba de quebrar o próprio recorde consecutivo de títulos — cinco, de 1931 a 1935. Adversária do Real Madrid na final da Champions League, em 3 de junho, a Juventus também aumentou a coleção do senhor dos troféus Daniel Alves. Agora, são 34 no museu do baiano de Juazeiro. Faltam dois para o brasileiro alcançar Ryan Giggs. O galês colecionou 36 taças ao longo da carreira. Na final da Champions League, em 3 de junho, contra o Real Madrid, Daniel Alves pode chegar aos 35 títulos, ou seja, na próxima temporada, o lateral tem tudo para ultrapassar Ryan Giggs. É alcançar o recordista Pelé (37). E o Buffon? Dez títulos italianos! Seriam 12 não fosse o escândalo Calciopoli que tirou os títulos de 2005 e 2006 da Velha Senhora.

OS 34 TÍTULOS DE DANIEL ALVES

6 Campeonatos Espanhóis (2009, 2010, 2011, 2013, 2015 e 2016)

5 Copas do Rei da Espanha (2007, 2009, 2012, 2015 e 2016)

5 Supercopas da Espanha (2007, 2009, 2010, 2011 e 2013)

4 Supercopas da Europa (2006, 2009, 2011 e 2015)

3 Mundiais de Clubes da Fifa (2009, 2011 e 2015)

3 Ligas dos Campões da Europa (2009, 2011 e 2015)

2 Copas das Confederações (2009 e 2013)

2 Copas da Uefa (2006 e 2007)

1 Campeonato Italiano (2017)

1 Copa Itália (2017)

1 Copa América (2007)

1 Copa Nordeste (2002)

Os 36 TÍTULOS DE GIGGS

13 Campeonatos Ingleses (1993, 1994, 1996, 1997, 1999, 2000, 2001, 2003, 2007, 2008, 2009, 2011 e 2013)

9 Supercopas da Inglaterra (1993, 1994, 1996, 1997, 2003, 2007, 2008, 2010 e 2013)

4 Copas da Inglaterra (1994, 1996, 1999 e 2004)

4 Copas da Liga Inglesa (1992, 2006, 2009 e 2010)

2 Ligas dos Campeões da Europa (1999 e 2008)

1 Mundial de Clubes (1999)

1 Mundial de Clubes da Fifa (2008)

1 Recopa da Europa (1991)

1 Supercopa da Europa (1991)

Marcos Paulo Lima

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