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A torre Negra

Publicado em Cinema

O livro “A Torre Negra” é uma das (se não a maior) obra de Stephen King

 

Saudações Nerds! Aqui é o Mustefaga e estou estreiando minha coluna de “não sei o que estou fazendo aqui por que não sou nem jornalista” no Diario Radioativo! Tive o (des)prazer  de iniciar essa jornada com o filme A Torre Negra. Sem mais delongas, vamos lá!

O livro “A Torre Negra” é uma das (se não a maior) obra de Stephen King, que demorou 33 anos para ser concluido (1970 a 2003). São 8 livros no total que contam a história de um Pistoleiro e sua jornada em direção a Torre Negra. É um livro repleto de referências e inspirações, como no universo de J. R. R. Tolkien, nas Lendas Arturianas, no faroeste e outras coisas relacionadas à cultura pop.

Daí você pensa: “Oloco, esse livro deve ser animal! O filme então vai ser fantástico!” Pera lá, vamos com calma. Faça um exercício mental. Tente resumir uma obra de 8 livros em 1 hora e meia de filme. Como você contará essa história? Como você dará vida e importância aos personagens? Como você vai separar os atos sem que a história se perca? Ficou confuso? Pois é, esse é o resumo desse filme: Confuso.

O filme é dirigido por Nikolaj Arcel (“O Amante da Rainha”) que é um fã da série. Mesmo com um elenco de peso (Idris Elba no papel de “Pistoleiro” e Matthew McConaughey com “Homem de Preto”) a direção e roteiro não conseguem se sustentar na história. Durante o filme, alguns acontecimentos mostram o quanto o propósito do Pistoleiro deve (ou deveria) ser importante para aquele universo, porém no filme o personagem parece ser apenas um cowboy vingativo, que carrega as armas em uma velocidade inacreditável e não tem nada a mais para acrescentar. O papel de Matthew McConaughey salva bastante o filme. A estética do personagem “Homem de Preto” é muito bem apresentada. Você realmente sente um certo medo quando ele aparece em cena. Ele me lembra muito o personagem Lúcifer, das histórias em quadrinhos “Lucifer, The Morning Star”, por ser um personagem intrigante, maldoso e muito carismático. Já o personagem de Tom Taylor, o Jake, ficou o papel de ser a criança que ajuda a contar a história, nada mais. O filme nos apresenta vários momentos que seriam épicos para uma criança vivenciar. Mundos novos, criaturas fantásticas e perdas consideraveis são acontecimentos constantes para o garoto, que encara tudo de uma forma fria, em empolgação e sem emoções.

A montagem do filme é extremamente confusa. São tantos cortes malucos e inesperados que o filme fica sem ritmo e algumas ações perdem o sentido. Acho que a proposta de uma adaptação dessa obra do Stephen King é super válida e importante, mas deve ser respeitada. O livro tem uma identidade única, um universo próprio com várias características para ser explorado. Tem tudo para ser um grande épico do cinema (em uma próxima adaptação) ou em seriado de TV.

 

Texto escrito por:

Mustefaga

@NerdCetera

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