Recomendado a não fazer uma grande solenidade para o posse de seus seis novos ministros por causa da pandemia, o presidente Jair Bolsonaro decidiu fazer as posses individualmente e em rápidas solenidades de meia hora para cada um, em que apenas ele e quem está assumindo o cargo tem direito a um pronunciamento. A mais concorrida foi a da nova minstra da Secretaria de Governo, Flávia Arruda, que levou apenas as duas filhas, Maria Luísa e Maria Clara (Segundo auxiliares do Planalto, o marido de Flávia, o ex-governador José Roberto Arruda, preferiu não comparecer por causa da pandemia). O presidente do seu partido (PL), Valdemar Costa Neto, atendeu ao convite protocolar e foi ao Planalto prestigiar a posse da sua apadrinhada, marcando assim sua volta ao centro do poder do país, o terceiro andar do Palácio do Planalto.
Na presença das filhas, ministros e de alguns parlamentares, Flávia Arruda fez um discurso voltado para Brasília e sua trajetória política, falou das dificuldades que as mulheres enfrentam com tripla jornada, profissional, mãe e esposa. mencionou ainda a necessidade de um entendimento harmonioso entre os Poderes, lembrando que o presidencialismo não se exerce sozinho e que é preciso um dialogo forte com o Congresso e as forças políticas. Assim que terminou a solenidade, ela seguiu para o gabinete, onde faz a sua primeira reunião com parlamentares para tratar do Orçamento da União, seu primeiro desafio no cargo.
Valdemar foi um dos principais artífices da chapa presidencial que elegeu Lula, em 2002. Foi ele e o então presidente do PT, José Dirceu, que trabalharam pela formação da dupla Lula-José Alencar, que derrotou o PSDB naquele ano. A parceria com oPT he rendeu uma condenação no período do mensalão, a seis anos de prisão. Cumpriu maior parte em casa, de tornozeleira. Recebeu indulto em 2016.
O planos de Valdemar agora incluem fazer com o presidente Jair Bolsonaro o que fez com Lula em 2002, montando a chapa reeleitoral. Falta combinar com o bolsonarismo, que não o vê com bons olhos.